segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Inverso Ímpar

Estive caminhando num descampado de grama queimada e terra barrenta e era quase na hora do entardecer que me bateu o desespero: Por onde devo me abrigar?
Como posso encontrar uma pousada no meio desse campo onde não tem uma árvore que eu possa me encostar???
Não tive outra escolha e continuei a minha peregrinação, mas em uma determinada hora, vi de longe uma sombra turva e cinzenta e comecei escutar sussurros apavorantes ao meu redor.
Naquele momento senti a minha alma gelar, não estava entendo o que estava acontecendo e procurei não entender mais nada e o instinto falou mais alto e comecei a correr pelo lado oposto do meu caminho.
Logo quando sai em disparada, eu vi aquela sombra correndo atrás de mim e soltou um grito muito estranho e na hora me bateu aquele desespero. Não importava o quanto eu corria, aquele espectro estava cada vez mais perto de mim.
Quando me dei conta, eu cai num abismo e nessa hora tive a sensação do mais profundo desamparo e me entreguei de vez aos contritos braços da morte.
E neste momento não sei de que maneira se deu o fato, mas eu estava em um bosque de árvores que reluzia um azul bem sintilante por entre as folhagens e exalava um perfume que as dama-da-noite dominava ao meu redor. Vi que o lugar era sombrio, mas acolhedor. Diante de um ambiente inóspito, tão escuro e desconhecido, mas aquelas luzes diante das árvores acalentava os meus medos e angustias e de repente surge diante de mim uma entidade de uma luz tão ofuscante que no momento não deu pra enxergar nada, mas conforme aquele brilho foi se dissipando, eu pude perceber que se trava de um espírito. Era uma figura muito estranha, tinha a cabeça de um animal desconhecido e tinha uma coroa com pingentes em safira e suas mãos e pés era como que feitos de prata e em sua mão direita estava empunhando uma espada de fogo e na mão esquerda uma foice. Era o guardião daquele lugar e perguntei aonde é que eu estava, mas tudo o que ele me respondeu é que se trava do Inverso Ímpar. Tinha muitas dúvidas naquele momento, a começar pelo nome do lugar, o que seria de fato o Inverso Ímpar?
Diante de tais duvidas, aquela entidade começou a falar num idioma muito estranho, e num dado momento aquelas palavras começaram a fazer sentido, e foi aí que comecei a entender o que ele estava falando e ele havia me dito que era um outro plano de minha essência, a morada de minhas incertezas e desilusões e ele guardava um pequeno baú sobreposto num pequeno altar ornamentado com um leão e com um pequeno querubim. Quando tentei me aproximar, o guardião solto um rugido e ameaçou me apunhalar caso eu me aproximasse daquele baú. Perguntei o que continha dentro de tão valioso pra que protegesse com tanto fervor, e foi aí que ele me disse algo que me deixou assustado e temeroso: A Minha Alma! Nessa hora fique paralisado e não consegui me mexer e foi aí que ele me apunhalou com aquela espada flamejante e me disse: Já está na hora.....Não tenha medo!!!!!
Quando acordei, eu estava encostado num banco de uma praça qualquer, ouvindo as crianças brincarem e os passarinho a cantar.
E nessa hora me senti cansado e muito triste.

sábado, 27 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: O Subterfúgio de minha maldade

Em uma determinada noite, procurei desvencilhar de um dilema correspondente as minhas falsas convicções e ilusões.
Os dias são decorridos de acordo com um conceito relativo aos fatos consignados pela minha crença e pela minha moral de ser. Procuro não sentir pena de mim a respeito de meus erros, mas não significa que eu não tenha remorço deles....
É apenas um ego sobreposto de acordo com a minha causa de acreditar e o efeito de aguentar a dor.
Tomo como exemplo, a essência do meu olhar externo, a perspectiva de um âmbito que exalta além da minha percepção, transpor esse domínio austero de minha razão de ser e recolocar minha sensibilidade num tom mais abrangente da minha alma...
O corpo tem lá suas razões de sobrevivência.
Inibe toda a transcedência do espírito e enaltece todas as sensações e materializa os nossos desejos e necessidades. Fui levado em juizo a discriminar a minha própria necessidade, e com isso estou pagando o preço. A princípio, me coloquei numa posição que eu tinha me colocado e descobri uma outra fração correspondente ao plano físico que me rodeia e não levei a sério esses pressupostos que determina o juizo de nossos sentidos.
Quando veio uma determinada época, vi que tinha algo de errado. Não comigo e nem com o mundo e sim com a minha natureza....Ela me instiga uma crença, um receptáculo que eu pudesse abrigar não só o espírito, mas também a certeza de uma luz. Mas também ela não está livre dos erros deste corpo. Minha natureza veio com uma falha em sua formação, o de não se adequar perante as temperança do meu ser, o de não sincretizar aos domínios irracionais do mundo e não ter uma articulação que possa aflorar um carisma em que as pessoas não me vejam como uma ameaça ao seus próprios conceitos ou algo, na qual, elas não compreenda.
Não se trata de uma filosofia de auto ajuda ou de encontrar uma resposta aos critérios que formaliza o meu ser, mas tento eximir Deus dessa falha de minha natureza. Demorou muito tempo pra perceber que isso foi uma escolha.....
Não foi uma escolha que foi pensada, até porque não tive esse tempo. Acredita mesmo que eu escolheria esse caminho sabendo das conseqüências e de todo o sofrimento que iria causar??? Até porque se eu tivesse esse tempo, eu não optaria por isso, sabendo que a solidão e a humilhação, estaria a todo momento te acompanhando e ainda sim me encontrei numa perspectiva inebriante de acreditar que estou indo no caminho certo.
Como queria ter a mesma natureza cega da coletividade!!!!!
Estou pagando o preço de enxergar as coisas de um determinado ângulo que corresponde a uma outra essência. Ela traz um conforto inebriante das inquietações do espírito, mas ela inibe a potência de expor essa luz ao exterior....
Talvez seja uma auto defesa de minha espiritualidade, está se auto preservando pra que ela se mantenha pura e imaculada perante aos pré-juizos informais e dissimulados que domina o plano externo e eu não tenho controle sobre isso.
Não posso culpar Deus e nem as pessoas pelo o que eu sou. Carrego comigo essa essência e tenho o dever de continuar seguindo esse caminho. Tenho tanto que refletir, repensar e reacreditar na convicção de confrontar os malefícios dos enganos e salientar os perjúrios indiscriminados e egoistas que domina a nossa concepção humana e tentar encarar a vida de uma forma mais laboriosa, segmentada pela nossas virtudes e esperanças e porque não.......ter a ambição de conquistar nossa felicidade?
Por mais que eu queira, não estarei livre dos percausos da vida. E tão pouco estarei livre dos erros....dos meus próprios erros!
Só tenho que estar consciente de minha própria consciência...
E viver um dia de cada vez.......
E continuar a acreditar......no amor!!!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: Gritos Inaudíveis, Crenças Corrompidas!

As vezes eu tento me desvencilhar de um dilema.
Mas estou prestes a mergulhar na desilusão do meu viver.
Não há sadismo maior do que a dor de um coração amargurado
Clamo por uma ajuda, ninguem me ouve.
Peço um afago, ninguém corresponde.
Peço uma companhia, continuo caminhando sozinho.
Me culpo por continuar a existindo...
Me culpo por continuar respirando....
Me culpo pelo o que eu sou hoje.
Minha alma clama por justiça, e ela não é aceita....
Os lobos me zombam e mordisca a minha pobre compreenção....
Me jogaram ao abismo, e nele permaneço resguardado....
Olho para cima e não encontro respostas.
Meu jazigo traz a inquietação de minha alma!!
E o meu amor é refutado com difamação..
Se quero fazer um pedido???
Senhor.....Faça de mim, um sopro a ser esquecido no mundo.
Permita-me deleitar diante dos braços da morte,
E faça com que eu cante minha dor,
até onde os sonhos nascem.
O meu entendimento faz de minha existência,
um tormento a ser lembrado.
Porque colocar a luz em alguem que não cativa ninguém?
Como posso caminhar com fé???
Não há nada mais pernicioso do que um amor contrito.
Tento fugir para longe de mim, mas volto para essa prisão.
Não há mais nada a ser pedido e lembrado....
Só me resta aguardar o que nunca vou ter!!!!
Não se preocupe....
Só estou cansado de sonhar....
Combalido demais em acreditar.....

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: O Cálice das Ilusões

Eis aqui um menino abandonado,
em suas preces ele vê a sua dor.
Vejo em sua face a marca do pecado,
e conjuro as lamúrias de amor.
Mesmo clamando perante a morte,
posso não deixar de acreditar.
nesta insólita e desgarrada sorte,
de um dia poder lhe encontrar.
Vejo anjos no céu a conspirar,
as certezas de um dia me enganar.
Sou apenas uma criança que chora,
num jardim de rosas a murchar.
Durmo perante minhas ilusões,
fragilizado por esse encantamento.
Mas me deixei levar pelas emoções,
desgarradas de meu discernimento.
Eis aqui, uma ovelha perdida,
um cordeiro oferecido em Holocausto
Me vejo sozinho nesta noite bandida,
e minhas lágrimas que serão esquecidas.
Thânatos e Hades entram em um dilema,
disputam o meu espírito amargurado.
Não posso demonstrar esse teorema,
com este pobre coração inebriado.
Eis me aqui, Oh! Redenção!!
Me entrego em seus braços contritos.
Apazigua os ventos da razão,
nas horas de um ardor ressentido.
Eis me aqui, Oh! Minha Perdição!
Ofereço minha luxúria e meu desâmparo.
Contemplo o caos diante do firmamento,
com as virtudes de meu entendimento.

domingo, 17 de outubro de 2010

Minha primeira produção audiovisual! De todo coração!



* Para melhor visualizar o video, pause a musica do blog a sua direita!

domingo, 22 de agosto de 2010

O Princípio: Gerador de Todas as Coisas

Houve um instante inicial, não havia fatos e nem experiência e nem amor. Houve então aquele princípio sobrenatural, algo que desencadeou uma sinergia, uma simbiose atemporal que vai de contra a toda uma perspectiva que o tempo corrompe em nossas vidas. Logo somos compelidos a vivenciar e aprofundar essa vivência cósmica que nos fez enxergar a plenitude de nossas paixões, passamos a ficar viciados nessa essência e não conseguimos mais voltar a ver as coisas como antes.
Mas por ser uma experiência humana, estamos sujeitos a perdas e com ela, aquela definição que no início desencadeou o nosso arrebatamento. Tudo porque estamos sujeitos ao tempo, que nos afasta daquele instante inicial e faz com que enxergamos uma coisa com diversos pontos de vista e critérios diferentes e assim acaba se esfacelando e se perdendo na temporalidade!
Pobres humanos!!!! Só passamos enxergar o tempo quando algo se corrompe, quando nossas carências faz empreendermos uma rememoração daquele início que foi abrangente e nos manteve em uma referência com o divino. Esse início é o que chamamos de "Uno", uma essência unica com o eterno, que implica um direcionamento a nossa perpectiva temporal e limitada!
É algo que se abstém numa forma atemporal, não está sujeito ao tempo e portanto não vamos poder compreende-lo com nossos critérios corruptíveis e tão cheias de abstrações.
Para enxergarmos esse "Uno", não podemos caracterizá-lo de acordo com nossas crenças pois ela está fadada a multiplicidade, é algo que constitui no tempo, mas podemos empreender uma forma de sentirmos essa essência quando passamos rememorar aquele início, só assim que sentimos algo por alguém ou por alguma coisa, pois ela não irá se desgastar com o tempo, porque está além de nossos critérios temporais, e portanto é uma forma de enxergarmos o eterno.
Só passamos para a eternidade quando a uma renovação desse instante unico. Só dessa maneira passamos a indeferir as limitações que nos aflinge tanto em nossas vidas.
O caos só irá disseminar em nossos corações, quando desagregar os tópicos que nos mantém imunes as corrupções do tempo e quando descaracterizar os nossos valores que resplandece em nossas emoções !!!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Sonâmbulo da Montanha

Estava eu andando num monte de caminhos intrincados, quando me dei conta que eu estava perdido!!
Não posso dizer se é verdade que essa inquietude resvalece em meu dicernimento, mas essa certeza me deixou amargurado......o fato é que eu estava realmente perdido.
Pensei que estava caminhando junto ao paraiso, pensei em corresponder aos anseios de nosso querido Dante Alighieri em transpor o fogo do inferno e subir o purgatório pra finalmente alcançar a luz das estrelas e rever a sua querida Beatriz.
Mas quando olho para o precipício, vi um abismo obscuro que me puxa de volta para as trevas, e os fantasmas lamuriosos inibe a minha coragem e faz com que eu tema em continuar essa jornada!!
Mas de repente veio um anjo reluzente e afastou de mim aqueles tormentos e me aconchegou em seus braços me ajudando a subir esse ingríme pecado de minhas dores!!!
Cuidou de minhas feridas e me deu uma orientação de não olhar para baixo, pois serei tentado a descer essa montanha e se voltar não terei como alcançar novamente as estrelas. Fiz como o anjo me pediu e continuei a subir, mas novamente não sei pra qual lado seguir......
Fiz então uma oração e surgiu na minha frente uma cabra que reluzia uma cor dourada e por onde pisava deixava uma pequena relva florida e correu saltitando montanha acima pelo lado oposto da qual estava caminhando. Apesar de muito cansado e abatido com todo aquele esforço, procurei juntar forças pra seguir aquele pequeno serelepe e sempre parava quando se afastava muito de mim. Ele queria que eu o seguisse!
Cheguei num ponto onde eu pude ver com mais nitidez aquele estranho ser de luz própria!!! Nunca vira algo tão fantástico na minha vida!!! Como podia uma cabra montanhesa emanar luz própria e ainda mais esse brilho dourado??
Procurei ver de mais perto esse ser quando uma lufada de vento fez soar um trovão que me fez cair e uma luz me cegou por uns instantes. Quando recobrei os sentidos depois daquele susto, vi entorno de mim pequenos lampejos que emanava uma luz estranha, que tinha cheiro de alecrim e então eu pude ver com os meus olhos o resplendor do firmamento da Divina Anunciação. Minhas pernas estava trêmulas e não pude ficar em pé, então cai de joelhos diante daquela manifestação divina. Aqueles pequenos lampejos logo se dispersaram em torno de mim e voaram para o céu quando se reagruparam de novo e um brilho muito intenso me impediu de ver qualquer coisa. Quando abri os olhos eu vi diante de mim um espírito de luz e disse que minha jornada estava chegando ao fim. Cheguei no cume da montanha, com a coragem de alcançar a luz desse resplendor com o intuito de ver o meu amor e de fato encontrei algo que sintetiza mais que esse anseio de encontrar esse amor.....a fé de acreditar na vida!
Ainda de joelhos, esse espírito me abraçou e quando menos percebo era o meu grande amor que estava diante de mim. Não pude conter as lágrimas. E neste abraço me senti confortado de todas as minhas dores, de todas as minhas angústias e de todas as minhas incertezas!!!
Quando secou minhas lágrimas, ela me disse que foram trinta dias para aprender a enxergar o que está além de sua razão, e que tive exito nesta missão!!! Agora falta mais seis dias pra encontrar uma razão para o seu coração!!!!
A princípio não entendi o que ela quis dizer com isso e com um beijo em meu rosto me disse uma palavra que sou como uma sirene: Acorde!!!!!!
Quando me levantei da cama já era oito da manhã e estava fazendo muito frio numa típica manhã de inverno.

sábado, 17 de julho de 2010

Depois da tempestade.......

Esses dias foram bem agitados pra mim!!!
Tava totalmente perdido!!! Tentei caminhar por outras veredas e o que eu encontrei foi medo, cansaço, duvidas e humilhações!!!! Isso estava me afastando de tudo aquilo que eu acredito em troca de uma suposta segurança que nem ao menos tinha certeza se ia dar certo!! E no final veio a certeza do meu engano e não tive outra escolha e resolvi sair desse caminho tempestuoso!!!
Mas não faz mal!!!! Estou apenas aprendendo de fato o que é a essência humana!!! Confesso que meu caminho não é e nunca foi facíl. Essa trilha formada por pedras, faz com que eu tropeçe e me machuque, mas eu contínuo me levantando e sigo em frente até encontrar o meu lugar.......
Eu não costumo desistir dos desafios, mas as vezes devemos ter o bom senso de que em certas ocasiões, as coisas não flue como deve e você tem que parar e rever os conceitos que não está dando certo em sua vida e anular aquilo que está lhe aflingindo. Ainda não foi dessa vez que encontrei o meu caminho e as vezes o medo e as duvidas com relação ao meu futuro faz com que me sinta muito triste e abatido. Eu só não parei de vez porque mantenho em mim aquela chama de esperança de que alguma coisa no futuro possa dar certo!!!
Acho que eu sou assim mesmo!!!! Sempre quebrando a cara, sempre com o flagelo escarnecendo a minha alma, mas sempre caminhando e acreditando na vida!
Com muita fé e coragem é o que me mantem firme nos percausos da vida!!
O pior não é desistir. O pior é você desistir sem nem ao menos tentar!!!
Sentir medo não é sinal de covardia!! Ela é essencial na vida humana que nos indica os perigos que transcorre em nossas vidas!!!
A melhor coragem é quando você sente medo e contínua lutando!!
Mas de alguma maneira eu sinto que me sai um pouco mais fortalecido depois desse episódio inusitado!!! Acho que as coisas funciona dessa maneira! É necessário que aconteça esses eventos nefastos em nossas vidas pra que aprendamos a ser mais humildes, aprender o que o próximo tem a nos dizer e a ter mais respeito pela vida e pelo o ser humano!!
Por mais que me machuquem vou procurar não ficar ressentido. Eu até agradeço porque assim vou aprendendo a ter mais humildade e confraternizar com as pessoas que eu amo!!!
Acho que devemos aprender e muito com os monges budistas!!

Post Scriptus:
Não quero que tomem esse meu depoimento como uma lição a ser seguida!!!
Acredito que cada um deve encontrar o seu caminho e ter o seu próprio conceito de como lidar com as suas dificuldades!! Porque o que deu certo pra mim pode não dar certo pra você e vice e versa!! Estou apenas compartilhando as minhas experiências e se de repente você achar que é o certo o que eu disse, Beleza Querido!! Se não é o certo, não faz mal!!!!! Não vou discordar e tão pouco vou discutir a respeito!!!
Cada um deve achar a sua própria filosofia, porque existe diversos caminhos que nos leve ao mesmo objetivo de vida, que é a nossa felicidade!!! Independente desse caminho ser bom ou ruim, cada um deve encontrar a melhor maneira de seguir em frente e que sejam muito felizes em suas vidas!!!

domingo, 23 de maio de 2010

Mantendo o Foco: O Mito de Andrógino e a Teoria da Alma Gêmea.

Essa é apenas uma continuação da discussão sobre o amor que Platão salientou no “Fedro”, só que agora ele volta nesse assunto só que de uma forma mais abrangente no diálogo “O Banquete”. Não vou poder salientar todas as questões de Platão a respeito do amor, até porque são três textos que dinamiza essa mesma questão: Fedro, Lísis e O Banquete, e não vai dar pra discutir todos esse textos porque vai levar muito tempo e irá preencher todas as postagens de um mês inteiro. Mas vou explorar alguns itens que eu julgo ser o suficiente pra poder compartilhar com algumas inquietudes que sobressai na minha mente....Lá vai eu de novo!!!!! RSRSRSRSRS
Dentre essas discussões eu lhes apresento “O Mito de Andrógino”. Platão apresenta esse texto no “Banquete” e fala a respeito de um jantar oferecido na casa de Agatão, um aristocrata muito rico na sociedade grega e que reúne os principais poetas, artistas, intelectuais e políticos e propõe várias discussões para essas pessoas de diferentes formações e dentre elas se encontra o nosso querido Sócrates, O Filósofo. Tem uma pessoa que também fora convidada e irá bater de frente com as questões que Sócrates irá apresentar neste jantar e seu nome é Aristófanes (não confunda com Aristóteles, o Filósofo)
Aristófanes de fato existiu, era um ator comediante e era inimigo de Sócrates. Vai haver um embate entre esses dois durante essa discussão já começando pelo sorteio de quem irá falar primeiro. E Aristófanes foi sorteado e Sócrates irá escutar o que o ator tem pra falar e depois vamos ver o que o filósofo irá responder.
Começando com o debate, o ator irá apresentar as questões relativas ao amor, que o gênero humano não irá alcançar a sua beatitude se antes não aprender a lidar com a natureza humana, pois recorrendo a essa natureza não a como rememorar um amor que há muito tempo esteve separado de sua alma....a outra metade de seu amor..... a Alma Gêmea!
O que ele quer dizer é que nós, humanos, se lembramos de algo que vivenciamos em um outro plano astral, a nossa alma se lembra de algo que as posições empíricas de nossa racionalidade humana apaga logo quando nascemos, ou seja, algo escapa desse movimento de nossa vivência mundana e fica uma memória que nos faz bem, sem sabermos de fato o que é. É diante desta questão que ele apresenta o “Mito de Andrógino.”

O Mito de Andrógino

Nos tempos remotos, na origem da espécie humana, havia três tipos de gênero humano: Um gênero era próprio, Masculino-Feminino, o gênero Feminino, Feminino-Feminino e também o gênero masculino, Masculino-Masculino.
Essa espécie de gênero humano era auto-suficientes, não precisava recorrer a fatores externos e já tinham tudo o que era necessário, ou seja, não precisava correr atrás de nada, pois o amor entre eles era recíproco, não havia motivo pra se sacrificar por algo, pois eles já tinha todos os seus anseios saciados por essa simbiose. E com o tempo, se tornaram arrogantes e grosseiros, viviam fomentando guerras, desafiando até a vontade dos deuses, que não demora muito, e os deuses acabam por se rebelarem contra a insolência dos homens.
Mas ao invés de puni-los, exterminando-os por completo, os deuses analisa a questão da grosseria humana e chega num consenso. Pra acabar com a arrogância humana, Zeus separa esses humanos ao meio e joga a suas metades para os confins da terra, para que dessa forma os homens aprenda a ter humildade no coração e procure o seu amor, a sua metade gêmea, pra que dessa forma reencontre a sua felicidade a muito tempo separada pelo seus erros.


Agora retornando a questão analítica, esse mito nos coloca a uma reflexão dos anseios de encontrar a sua Alma Gêmea, que se dá através de uma rememoração, uma lembrança do que é a sua cara-metade, pois havendo esse encontro, tudo ao seu redor não tem mais a importância de antes, tem uma ligação que se sobrepõe a todos os fatores “Metafísicos” que se expande em todos os parâmetros até então que pensava que se tinha conhecimento! Não é uma paixão em si, é um reencontro com o firmamento de sua essência, a volta de sua natureza original.
Platão afirma que o amor é parte da natureza humana, só existe um único amor, que é a cura de todos os nossos males que preenche todos os nossos anseios “Metafísicos” de retornar para a unidade do ser (essência) e que é a única forma de sermos felizes. Também ele nos salienta que quando não encontramos a nossa alma gêmea, vamos nos preenchendo com outras metades existentes, porém não é o amor original na qual se procura, só atende as suas necessidades mundanas. Um pseudo-amor vamos assim dizer!
Segundo Lacan (escritor norte-americano), nossa completude se dá através de um suplemento que atenda as nossas aflições, e desta forma gerando um amor mútuo entre ambos!
Devo frisar que caso você não encontre a sua metade, irá passar o resto da vida sozinho ou vivendo uma relação sem a rememoração de sua alma, uma relação trivial. (Anaminêsis)
Agora a questão é a seguinte: vale a pena ir em busca de algo que nem ao menos saibamos se está presente em nossa existência ou criamos um laço afetivo que não irá desencadear essa completude essencial de nossas almas?
Bom....eu penso que o amor é despertado em nossas almas quando nos importamos ou admiramos alguém, e façamos com que ela se sinta feliz estando do nosso lado.
Por fim, espero que todos nós um dia possa encontrar essa essência divina que nos arrebata para esse amor e fica o meu desejo de que vocês sejam felizes independente pra onde forem caminhar!!!!

“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem amor nada serei!”
I Coríntios 13,1

domingo, 2 de maio de 2010

Mantendo o Foco: O que de fato é o amor?

Semana passada na aula de História da Filosofia, foi discutido um dos diálogos de Platão chamado Fedro, e nele se trata da discussão de um jovem que foi instruido na retórica e quis desafiar Sócrates a respeito de uma série de questões, e uma delas se trata do Amor.
Ele contra-argumenta com Sócrates de que o mais valioso nas relações humanas é a Amizade, porque é recíproco, ou seja, enaltece uma crítica ao Amor (Eros) e faz um elogio a Amizade (Philia). No diálogo, segundo algumas interpretações do meu professor, os próprios amantes reconhecem terem sido afetados por um desejo que não conseguem se dominar, seus sentidos são entorpecidos por uma ilusão avassaladora que os leva até um climax, só que esse ápice é efêmero. Logo passando esse efeito, logo se torna uma relação trivial, já não tem mais aquele fascínio e se vê num quotidiano de se suportarem a cada dia. O que quero dizer que esse amor citado por Fedro é um amor feito através das aparências, que o que se vê é uma atração física e que logo saciado esse desejo se arrependem formalmente do que havia dito e feito por essa pessoa. Fedro também diz que logo os amantes são mais dignos de Piedade (Eleaô) do que de Inveja (Zeleô) e que o amor é um padecimento, um sentimento que deturpa a nossa razão e que a amizade é um conceito de bem que é etério (Divino).
O que ocorre na Amizade (Philia) é uma virtude que ocasiona na recíprocidade, um momento de troca, de uma familiaridade concreta e desta forma estipula num conceito de justiça mais coerente nas questões humanas. Pra deixar de ser um pouco formal, a idéia aqui é que se você me ama, logo eu tenho que te amar também, o que deixa mais esclarecido pela lei de Talião: Olho por Olho.
Friedrich Nietzsche citou uma frase que diz o seguinte: "Temo-te quando estás próxima, amo-te quando estás longe", o que eu estou querendo fazer é uma analogia dos Diálogos de Fedro com essa citação de Nietzsche que me causa uma certa inquietação!
O que de fato é o Amor?
O que leva o ser humano a sentir esse amor? Como podemos nos orientar quando achamos que sentimos Amor, quando de fato estamos embriagados por uma reação físico-quimica que é a Paixão?
Outro dia estava conversando com uma amiga a respeito dessa questão e ela me perguntou se eu acredito na paixão! Eu respondi que acredito....tanto acredito que eu tenho medo dela!
Isso porquê é um sentimento muito perigoso, ainda mais quando essa paixão envolve uma outra pessoa! No meu ponto de vista, a paixão é um sentimento desmedido, não consegue discernir as suas limitações e os sentidos se vê embriagado por uma afirmação abstrata que não condiz com a realidade e acaba por comprometer, como muitas vezes acontece, infringir a integridade física ou talvez até psicológica de uma outra pessoa.
Quero dizer, é que não devemos confudir um conceito de amor com o da paixão. Vou fazer uma comparação:
O amor é um sentimento abnegado, incorrupítivel, não vê interesse ou faz uma segregação dos indivíduos pela sua situação ou classificação na qual uma pessoa se encontra. A pessoa que ama se entrega por algo que não condiz com a sua condição, ela faz isso motivado por um bem ou uma causa de uma pessoa ou talvez por uma razão que ela julga ser verdadeira. É um sentimento que transcende a razão humana, que é o de se doar por um bem maior.
A paixão tem duas concepções distintas: Se a Paixão for compelida de uma certa moderação ela não é ruim, é até um sentimento nobre, que faz a pessoa se motivar a seguir pra frente, independente dos obstáculos que vier no caminho, pois a sua Paixão não vê esse obstáculo como algo que lhe atrapalhe e acaba transpondo até conseguir o seu objetivo. Essa Paixão é uma motivação que chamamos de Perseverança, e isso é algo que é indispensável na vida humana, o fato de acreditarmos e lutarmos por algo que apaixonamos!...Agora a outra questão é quando a Paixão vira uma concepção individualista, uma degeneração equívocada de seus próprios sentimentos. Quero dizer que é um movimento acentuado feito de seus próprios interesses, instiga um desejo pela beleza física e estética do que pelos seus sentimentos transcedentais, quando não se encontra algo que o fascina pelo seu carater e faz uma relação intricada e propensa a levar para uma relação de ódio e violência. Quero dizer que uma vez saciado os desejos por alguém, essa pessoa não vai ter mais interesse em manter uma relação e que pra desvencilhar dessa obrigação acaba por instigar um fator explosivo de agressão e tristeza.
Agora tem certos momentos quando a pessoa não quer mais essa relação, mas quer mante-la por perto, pois esse sentimento acaba virando um desejo comensurável de que é uma propriedade a ser conquistada, não tem Paixão e nem Amor é apenas um território a ser demarcado.
Essa é uma questão que não vou entrar muito em detalhe, porque envolve uma instigação mais Psicológica do que Filosófica. Mas cheguei até esse ponto pra dizer o quanto o ser humano ainda desconhece esse conceito de Amor. Se me perguntarem se eu sinto Amor, juro por Deus que eu não vou saber responder. Porque se o Amor é um sentimento de abnegação, você doaria a sua vida por alguém ou por alguma coisa? Confesso que nessa questão eu sou meio egoista, porque ainda tenho um certo apego pela vida e no momento eu não vejo razão para uma atitude tão radical!
Pelo menos o que diz ao meu respeito, eu por enquanto ainda não tenho essa motivação, mas quem sabe no futuro eu venha sentir esse amor......
E pra vocês? O que de fato é o Amor?

domingo, 4 de abril de 2010

Pausa: O Mito da Caverna de Platão

De vez em quando eu irei dar uma pausa na história de Levi e apresentar um pouco do meu contidiano. É só um tempo de resguardo que eu vou necessitar de vez em quando pra que as idéias flua de uma maneira mais dinâmica. E aproveito esse tempo pra melhorar minha dissertação e argumentos que vou estar fazendo durante o curso de filosofia.
E por falar nisso, estou estudando o Mito da Caverna de Platão que está no livro "A República" e eu queria apresentar um breve resumo daquilo que foi uma das primeiras Dissertações de ordem política da história da humanidade. Mas devo avisar que muitos dos contexto de Platão descritos em seu livro não são e dificilmente será posto em prática na minha opinião. Apesar desse livro ter sido escrito a 400 anos antes de Cristo nascer, são idéias bastante avançadas para o seu tempo, e como a índole humana sempre leva para os ganhos e impor a força do mais forte, creio eu que sempre viveremos em meio a miséria e ao sofrimento.
Estou postando um pequeno resumo do Mito da Caverna que é um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.

O Mito da Caverna

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.

Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.

Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.

Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas.
(Fonte: Wikipedia)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Prefácio

No que antecede as causas de nossas dores, juro por Deus que não vou saber explicar. Cabe a mim não entender ou discutir qual seja o critério que nos leva a sofrer, a pensar, a discutir ou também amar. Não posso em hipótese alguma elaborar teoremas ardilosos ou que demonstre algum bom senso de realidade. Eu não faço milagres!
Vivemos de acordo com nossas crenças ou na singela ilusão de que tudo saia como nós queremos. Eu vi que não temos o controle de nada! Não temos esse poder de manipular o acaso. Enxerguei o obvio da realidade e senti o total desespero que ela aflinge em quem não está preparado para enfrentá-la. Se as coisas fosse o inverso, não haveria tanta gente caida em sua própria ilusão diante da calçada. É tão facil se embriagar e esquecer que tudo o que nos cerca é só um teatro encenado. Por Deus, como queria fazer parte desse espetáculo!
Mas a minha peça é outra, na qual não faço parte do elenco. Nem sequer sou figurante, mas eu atuo mais é nos bastidores!
Pois é aí onde estou incerido de vez naquilo que muita gente evita de encarar. Porque eu não tenho escolha. Vou de acordo com o vento e com as turbulências que se desatina ao longo de minha trajetória!
Mas o que está em foco não sou eu. É um camaradinha que quero apresentar.
Seu nome é Levi. Ele não é alto e nem baixo, nem magro ou gordo e nem branco ou negro! Ele é apenas uma entidade abstrata que está alheio a nossa realidade e ele mais do que eu, sabe o quanto a vida pode ser dolorida quando deparamos com situações nefastas e obscuras. Ele por si mesmo é uma figura sombria......É o meu próprio alter ego salientando o seus desejos, temores, tristezas e ilusões! Mas ele tem um lado que é inerente a todo o ser humano: a sua esperança! Talvez seja uma da molas propulsoras que o auxilia a continuar andando, quando não há niguém ao seu lado pra ajudar! Ou talvez seja porque ele está apenas perdido, em devaneio com a sua própria sentença de ser um..........
Bom.......aí eu não vou poder dizer! Até porque neste momento eu também não sei ao certo o que de fato ele pode ser! Por enquanto só vou salientar a sua trajetória de vida!
Mas espere.....aonde vocês vão? Fica mais um pouquinho.......
Agora me escutem.......eu vou lhes contar uma história!