segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: O Cálice das Ilusões

Eis aqui um menino abandonado,
em suas preces ele vê a sua dor.
Vejo em sua face a marca do pecado,
e conjuro as lamúrias de amor.
Mesmo clamando perante a morte,
posso não deixar de acreditar.
nesta insólita e desgarrada sorte,
de um dia poder lhe encontrar.
Vejo anjos no céu a conspirar,
as certezas de um dia me enganar.
Sou apenas uma criança que chora,
num jardim de rosas a murchar.
Durmo perante minhas ilusões,
fragilizado por esse encantamento.
Mas me deixei levar pelas emoções,
desgarradas de meu discernimento.
Eis aqui, uma ovelha perdida,
um cordeiro oferecido em Holocausto
Me vejo sozinho nesta noite bandida,
e minhas lágrimas que serão esquecidas.
Thânatos e Hades entram em um dilema,
disputam o meu espírito amargurado.
Não posso demonstrar esse teorema,
com este pobre coração inebriado.
Eis me aqui, Oh! Redenção!!
Me entrego em seus braços contritos.
Apazigua os ventos da razão,
nas horas de um ardor ressentido.
Eis me aqui, Oh! Minha Perdição!
Ofereço minha luxúria e meu desâmparo.
Contemplo o caos diante do firmamento,
com as virtudes de meu entendimento.

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