terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Uma eterna busca para o Infinito

Creio que, muitas de nossa inspirações provém de uma centelha divina, algo que distorce a transcendência física de nossa existência, que rompe parâmetros que circundam nossa realidade. 
Apesar que muitos duvidam, mas nós, humanos, temos a capacidade de exteriorizar uma essência interior, uma carga energética que implode até mesmo o receptáculo que mantem toda a nossa compreensão para com o divino.
Mas muitos se mantem inertes diante de sua ignorância. Se mantém presos perante as sensações supérfluas, se perdem diante de emoções que muitas vezes subjugam o próximo, tem uma deturpação utilitarista em usar o outro como meio para seus apetites, suas necessidades e seus anseios a serem preenchidos.
Vejo a realidade como uma tempestade, seus ventos a todo momento nos derrubam, os destroços que voam diante da tormenta a todo momento nos atingem, forçando-nos cair diante das colisões, sempre a nos prostrar de joelhos em suplicas para com Deus que nos amparem e nos ajudem diante de um momento tão difícil. Sem falar na chuva que acompanha a ventania. Seria essa uma representação figurativa de nossos prantos? De nossas lágrimas?
Entre o que é necessário em satisfazer a temporalidade de nossas sensações carnais, e o que é temerário diante da incomensurabilidade do infinito, se for para optar, na minha formação e no meu ímpeto em desbravar os ditames em dissociar meu senso cognitivo diante do mundo, prefiro temer aquilo que está para além da compreensão humana, para além dos extramuros de nossa maldade, sim, todos nós temos um mal incutido em nossa natureza. 
Queria eu não ter que mencionar nesse lado negativo de nosso espírito, mas, o primeiro passo para se alcançar a infinitude cósmica, é saber reconhecer os limites impostos pelos nossos erros e enganos, é saber reconhecer que somos pequenos diante do universo. O problema é que nossa natureza se corrompeu, e a todo momento tem uma falsa necessidade de derramar sangue, de subjugar nosso espírito indolente de ser livre, de se transmutar para além dos limites de nossa fraca compreensão para com o divino.
Somente teremos uma chance de nos abarcarmos com as luzes das estrelas, se nos mantivermos a empatia com o próximo, tentar dissociar idéias arquitetadas que difunde uma falsa compreensão da realidade, em tomar o falso como sendo verdadeiro, pois, tudo aquilo que plantam em nossos corações como sendo algo bom, algo superior, é onde o mal é plantado e subverte a realidade em favor daquilo que foi suplantado por interesses obscuros e o resultado será a aniquilação de tudo aquilo que conhecemos a nós mesmo como espécie, como seres humanos.
Ser bom e superior, não é impor aquilo que achamos que é o melhor para o próximo, mas prover aos indivíduos suas próprias escolhas, seu próprio livre arbítrio, pois nada pode ser inferido como sendo uma verdade absoluta em vista de nossa parcialidade em entender o mundo, pois tudo é constante e fugaz, pois a dinâmica da vida está a todo momento fluindo, pois viver é estar inserido num plano de circunstantes mudanças, e nossa natureza acompanha essa fluidez.
Talvez o mais sublime de tudo isso, sejam as nossas escolhas diante dessa tempestuosa razão que nos omite em vislumbrar o infinito. Talvez seja necessário que nós, humanos, tenhamos esse limite, tenhamos essa obscuridade tão nebulosa que impede de enxergarmos para além dos extramuros de nossos medos, pois acredito que não daríamos conta do que poderíamos ver, do que poderíamos vislumbrar.
Só cabe a cada um de nós encontrar aquilo que está preso dentro de nosso espírito, pois em cada um de nós a um pequeno universo a ser desbravado. Pode ser que muitos não vá gostar do que vai encontrar, pois é onde residem os monstros da escuridão, mas é onde podemos encontrar a nossa força e a nossa luz, nos fazendo sermos um eterno campo de batalha entre o bem e o mal.
Só depende de como possamos romper as correntes que nos mantém inertes diante das sombras que nos enclausura e nos engana com falsas afirmações do que possam ser verdadeiros, mas que só denotam um engodo que nos impede de enxergar a verdadeira luz de nossa compreensão para com o divino.
A verdadeira batalha é aquela que travamos com nós mesmo, a todo momento enquanto vivermos.
Se diante de tudo isso, pudéssemos ver Deus, ele seria a incomensurabilidade de tudo aquilo que mais acreditamos e tememos, ele seria nós mesmos.  
Se os homens pudessem falar a línguas dos anjos, seria escrita e falada
com as nossas dores.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Rascunhos de um Desabafo (nº15)


As vezes, o silêncio tem a nos dizer muitas coisas. 
Por isso eu prefiro o silêncio da madrugada do que o barulho dos incautos e suas libações de promiscuidades.
Hoje em dia é quase uma epidemia, pelo menos no lugar onde eu moro, tem sempre que fazer barulho, se mostrar de modo forçado e violento, se mostrar ao mundo, o quanto suas existências são banais e fúteis e desprovidas de qualquer senso moral e sem escrúpulos quanto aos demais indivíduos que só querem apenas algumas horas de sossego.
É sempre assim, tem indivíduos que acham que são os donos do mundo, quando na verdade, somos apenas um rastro, um rastilho, uma faísca diante da vastidão do espaço-tempo. Nosso conceito existencial, com todas as pompas, orgulho e arrogância é algo tão efêmero e substancial diante da temporalidade do universo, que a todo o momento, a humanidade luta, mata e rouba pra ter pelo menos um milésimo de um ínfimo segundo desse tempo cósmico e sempre tendo como pano de fundo, os incessantes barulhos e sons desconexos de impulsos comportamentais e primais. Nessa questão, não diferenciamos em nada com os animais, somos até bem parecidos.
Eu acredito que, é através do silêncio que podemos ouvir e sentir os vislumbres que nossa alma faz do paraíso, é uma conexão mais íntima e intensa com Deus.
É através do silêncio que podemos pensar melhor sobre nossos acertos e erros, qualidades e defeitos e ter um discernimento mais contundente com nossas imperfeições.
O silêncio nos traz, mesmo que por um breve momento, a luz de nossa compreensão espiritual.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Rascunho de um Desabafo (nº14)


Faço aqui, as rememorações e uma inquirição que assombra minha cognição a respeito dos escopos que não concerne aos discernimentos do senso comum. 
Eu sou apenas um rastilho de uma fração de existência, assim como tantos outros que vivem nesse mundo. De um modo geral, somos apenas um milésimo de segundo, diante da percepção do tempo cósmico. Quando paro e penso diante das minhas experiências de vida, procuro não remoer aquilo que não puder viver ou não pude apreciar. Parei de tentar levar as coisas segundo as vivências e percepções de outras pessoas. Falo isso, pois, pode não ser compatível diametralmente com a minha singularidade, com a minha sensibilidade. Já tive essa parcela de caminhar segundo os critérios das demais pessoas e tive o pior resultado possível em tentar, ao menos, seguir o mínimo daquilo que as pessoas acham que devem ser feito. Foi anos de angustias, perseguições, falsidades e humilhações. Malharam com minha ingenuidade e escarneceram com minhas posições e ideais. E disso tudo ficou lapsos que uma vez ou outra, vem pelas lembranças e procrastinar com seus insípidos fantasmas e ilusões inócuas, atormentar meus sentimentos.
Procuro não tomar pra mim esses tormentos, pois com um belo "foda-se", todas as amarguras e decepções vai se descortinando e desvanecendo por uma realidade mais atual, pelo meu "eu" presente. E hoje sou uma pessoa adulta mais firme, mais atenta com o mundo. Aquele garoto, não existe mais. Foi destruído pelo tempo, mas, mantenho a essência na qual aquela criança foi formada. Isso é importante para mim, pois mantem meus sonhos acesos, apesar de ainda estar acordado. É minha válvula de escape diante de tantas sombras que nos circundam e mortificam o nosso espírito, pois, lá no fundo, aquela pequena reminiscência que conservei diante dos tempos áureos da infância, me dá um alívio, um conforto de que tudo na vida é efêmero, é tudo fugaz diante do sol, incluindo esse que vos fala.
Agradeço a Deus por tudo, independente das coisas boas e ruins na vida. Apesar que, diariamente, somos nocauteados pelos golpes a que somos submetidos a conviver, tudo isso me dá ainda mais certeza de que tudo é fugaz. Um tempo para respirar e outro para sufocar.
Tudo na vida é passageiro, portanto, somos forçados a nos imiscuir diante da passividade do tempo e que a cada minuto, uma parte de nossa existência vai sendo levado. 
Tive o meu tempo e espero não telo mais de volta. Cabe aos outros que estão vindo ao mundo terem suas chances e oportunidades. Como nossa condição corpórea não é eterna, cabe haver sempre uma renovação daqueles que possam manter nossa linhagem e herança, sendo elas boas ou ruins, só o tempo poderá dizer sobre essa fardo da existência, mas fica a minha torcida pelas boas novas, apesar desse mundo tão conturbado, com posições e práticas tão virulentas e permissivas dizer o contrário. 
Quem bom, Deus, que não somos eternos...

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Rascunho de um Desabafo (nº13)

Pelas constantes interpelações que faço a mim mesmo, deixo uma ressalva de conforto e desamparo perante minhas indagações. 
"Não sou mais do mesmo do que eu era antes e o que fui sem nem a menos saber se era eu mesmo".
Acho que devo ter ouvido isso em algum lugar, só que não me recordo onde!
No entanto, sei que os dias estão tensos, pois estamos em épocas de águas revoltas, mas confesso que esse cansaço demanda de uma energia vital extra e minha disposição anda bem escassa, pois não encontro um direcionamento dessa estrada tão insólita.
Aos tropicões, vou tentando caminhar e esfacelar meus joelhos diante de minhas suplicas não ouvidas, preces que reverberam no vazio e gritos inaudíveis que ecoam no silêncio.
Mas enfim, tomo emprestado possíveis transfigurações de uma fé inventada e tento, ao menos, acreditar que haja alguém que possa olhar por mim, que possa amenizar minhas dores e que possa acalentar minhas tristezas.
Tudo isso se resume no que se refere a apenas um pedido, uma oração, um desejo e uma realização.
Apenas uma questão se comprime diante de todas as nossas necessidades que abarca essa tempestiva existência e de todos os malefícios e cruentas maldades disfarçadas de bondades.
Um pedido apenas, que tenhamos o sono dos justos!
Uma pequena porção de descanso...

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Sobre certezas e enganações de nossa razão

Observação: O texto a seguir é apenas uma explanação filosófica de minhas reflexões com base em textos e artigos, mediante do meu ponto de vista. Não sou perito nem estudioso nesse ramo, portanto, não leve a sério o que escrevi e caso queira de fato saber sobre o tema recorrente que expus nesse texto, procure alguém especializado na área de psicologia que lhes darão um amparo mais coerente e técnico sobre esse assunto.

Quando o silêncio ecoam no vazio, é o momento de parar e ouvir o que ele tem a dizer.
Dentre vários mistérios que nos cerca na natureza, o que nos mais encanta e assusta mediante a sua complexidade, é a mente humana.
Segundo os estudiosos, a mente é uma parte incorpórea do ser humano, mas de extrema sensibilidade em relação as intempéries do mundo externo, pois é um fator preponderante de nossas ações, causalidades e consequências, tanto seja pelas nossas escolhas, quanto aos eventos resultantes de fenômenos naturais ou simplesmente pelo acaso dos acontecimentos decorrentes em nosso mundo.
A mente humana é um plano senciente, pois o subconsciente age de modo autômato e a ele não se adéqua os nossos conceitos morais, pois é onde reside a inferência primal de nossos instintos, ou seja, ele tem uma natureza própria que vai contra toda a ordem estabelecida no mundo do senso comum.
O subconsciente está nas camadas mais profundas de nossa mente, é uma parte hiperativa de nosso senso cognitivo e é nas profundezas dessa escuridão, que sua voz ecoa até aos nossos ouvidos.  
A todo momento, o subconsciente estabelece uma dinâmica que diverge a todo momento contra o que fazemos e o que devemos fazer naquilo que acreditamos que seja o correto.
As vezes nos guiamos ao sinais que o subconsciente emite em um determinado evento que está preste acontecer, e a isso chamamos de intuição, pois o subconsciente canaliza de alguma maneira extra-sensorial, embora por uma fração de segundo, uma sensibilidade que antecede e evita algum evento de um futuro imediato que possam nos causar algum tipo de flagelo ou que possam nos atingir de modo bem mais contundente, seja causando um dano mais sério em nosso corpo ou algum tipo de trauma mais mortificante em nossas mentes.
O subconsciente age dessa maneira pelo fato de manter a nossa sobrevivência, sim, pois se nós morremos ele irá morrer junto com o corpo. É uma parte que está intrínseca em nossa composição corpórea, embora não podemos tocar, podemos sentir e ouvir o que tem a nos dizer.
Embora seja uma composição que faça parte de nossa natureza, muitas vezes não é bom ouvir linguagens desconexas e confusas que a todo momento aparece e nossas mentes, pois são mensagens que muitas vezes nos fazem perder o discernimento com a realidade, ao invés de nos alocar para algum posicionamento conciso com a realidade, ou seja, são puros devaneios que não tem qualquer direcionamento apropriado para que possamos por em prática no mundo real.
O que é preciso fazer é estabelecer um parâmetro que delimita os sinais que o subconsciente evoca e fazer um rescaldo de suas mensagens, separando o que é aplicável e o que deve ser descartado, pois é muito perigoso quando um indivíduo se guia somente por essas "vozes", pois é apenas uma pulsão primária expelida pelo subconsciente afim de por em prática aquilo que é próprio de seu instinto, mas não adequável ao mundo real. Isso é algo que deve ser policiado, não é recomendável que se deva isolar o que a mente tem a dizer, muitas vezes até nos auxilia referente as nossas escolhas, mas, devemos ter uma ponderação mais abrangente sobre determinados impulsos cognitivos e um cuidado mais categórico sobre enganos e armadilhas, causadas por sensações extemporâneas que são infligidas e manifestadas pela nossa própria natureza. 

domingo, 21 de agosto de 2016

Rascunho de um Desabafo (nº12)

Em tempos tão obscuros, nos resta fazer uma reflexão sobre nossas inquietações e tormentos, onde não encontramos uma saída que possa nos guiar em um refúgio, um afago que possa aquietar nossas dores, inseguranças, medos...onde não temos ninguém com quem nos apoiar, abraçar nossa solidão, dividir nossas duvidas, enfim, um lugar sem encanto e nem significado de como podemos sair dessa.
Um Umbral onde nossos tormentos mortifica a nossa essência, onde o desespero prevalece e nossas angústias nos consome.
Sei que são tempos difíceis, não sou o único nessa posição, (Claro! Digo isso pois não sou único que sofre nesse mundo), mas, por mais que esteja cansado de tanto flagelo, mantenho aquele pequeno brilho reluzente de uma alma tão contrita de seus erros (E quem não erra?) e tantas ilusões cruentas que nos faz perder o direcionamento de uma realidade pesarosa. Ah, esse pesar! Que limita minhas inspirações e amplifica os dissabores da vida.
Fé...meu broquel que refuta a maldade, afastando a escuridão nos trajetos de que dispõem dessa inquietante jornada mundana. Minha singela e pequena fé, tão obstinada e convicta das disparidades de uma vida tão dissoluta em suas incertezas e tão temerária na onipresença dos meus pecados.
Minha fé! Deus permita que eu mantenha acesa essa singela, porém, inebriante e reconfortante luminescência em meu coração!
Senhor, estou cansado de tanta ilusão, de tanto desamparo, de tanta obscuridade...
...e também...
...e também...
...
...de sentir essa solidão no mundo!

sábado, 9 de julho de 2016

A Lenda do Coelho da Lua - "Tsuki no Usagi" (Fases da Lua nº 05)


O Coelho da Lua (月の兎 tsuki no usagi) é uma antiga lenda japonesa que ao longo dos séculos são contadas por várias gerações que conta a história de um ser místico que habita na superfície da lua como punição por atos infringidos aqui na terra. São várias as versões a respeito desse conto e uma das muitas versões da lenda diz que, há muitos e muitos anos, uma deusa habitava na Terra e sem medir consequências ela desobedeceu as leis e como punição por isto ela foi transformada em um coelho e enviada a Lua para que vivesse lá. E lá na Lua havia um palácio onde morava uma deusa, que adotou o coelhinho como mascote. O pequeno coelho lhe era muito útil, já que possuía poderes mágicos e os utilizava para alertar os moradores do Palácio sobre invasões ou outras coisas que possam lhes causar algum mal. Com um olhar tristonho, o pequeno coelhinho olha para Terra todas as noites na esperança de receber o perdão para poder retornar ao seu querido lar. 

A versão japonesa dessa história foi publicada no período Heian sob o título Konjaku Monogatarishuu, ou “Antologia de Contos do Passado”, que contém várias histórias da China, da Índia e do Japão. Nessa versão, o coelho aparece acompanhado tão somente do macaco e de uma raposa.

Para os japoneses, o Coelho da Lua está moendo o mochi-gome em um pilão, um tipo de arroz glutinoso, para fazer o famoso bolinho mochi, consumido nos festivais, nas celebrações de ano novo, e dado em oferenda aos kamis no altar xintoísta. Por sinal, o processo de fabricação tradicional do mochi, que consiste em moer o arroz no pilão, chama-se “mochi-tsuki”, que se escreve com outros kanji, mas cuja pronúncia também pode significar “mochi da lua” e se assemelha com “mochizuki”, que significa lua cheia (lua em japonês é “tsuki”, que quando usada em sufixo recebe os tenten – os “tracinhos” em cima do kana [as sílabas dos alfabetos hiragana e katakana] – e tem sua pronúncia modificada para “zuki”). Vale lembrar que os mochi são bolinhos brancos e redondos, como a lua cheia.

Muitas pessoas dizem que nas noites de Lua Cheia, as crianças vêem o rosto de um coelho sorrindo na Lua...Pode ser uma história boba, mas é uma história infantil que são contadas até hoje para as crianças japonesas.

Da próxima vez que a lua cheia aparecer no céu, reserve um tempo para observá-la e conte quantos coelhos da lua é possível enxergar em suas sombras.

Curiosidade: O anime e mangá Sailor Moon, criada por Naoko Takeuchi, teve como base de inspiração nessa antiga lenda, dando o nome da personagem Usagi Tsukino e na semelhança de seu penteado, parecidos com orelhas de coelho caídas.

Ao olharmos para a Lua, veremos a imagem de um triste coelhinho em sua superfície...

O Conto do Coelho da Lua*

Sob a noite sólida de uma floresta no Japão antigo, reuniam-se três grandes amigos:  
A inteligente raposa, o ágil macaco e o pacífico coelho branco.

Da lua cheia que reluzia no céu, o Velho da lua os observava, pensando consigo mesmo, qual deles seria o mais virtuoso. Sem delongas, resolveu testá-los, disfarçando-se como mendigo e apresentando-se diante deles: “Tenho fome”

Ao ver aquele maltrapilho humano necessitado de ajuda, a raposa teve dó, e correu para o rio. Utilizando-se de sua inteligência, atraiu os peixes com sua cauda e pescou algum deles com os afiados dentes. Deu-os ao mendigo para que matasse sua fome.

O macaco também querendo ajudar, usou de toda sua agilidade para escalar um caquizeiro, apanhando as mais altas e coradas frutas da árvore. Deu-os ao mendigo para que matasse sua fome.

O coelho sem ter a agilidade do macaco ou a inteligência da raposa, nada parecia poder fazer pelo mendigo, mas seu generoso coração não lhe permitia que se fosse sem que pudesse ser de alguma ajuda.

“Amigo macaco, pode trazer um pouco de lenha?” perguntou ao amigo. “E você amiga raposa, pode fazer uma fogueira da lenha que ele trouxer?”

Os amigos o fizeram. Quando as labaredas das chamas começaram a subir ao céu, o coelho atirou-se ao fogo, oferecendo ao velho a carne que saciasse sua fome.

Espantados com o acontecido, o macaco e a raposa choraram por seu amigo, reconhecendo que o coelho era a criatura mais generosa da floresta.


O velho maltrapilho foi envolto por uma áurea prateada, voltando a ser o nobre espírito da lua.

“Não se preocupem, seu amigo está bem”

Ao dizer isso, o velho trouxe de volta o espírito do generoso coelho.

“Seu ato foi de muita bondade, provando que é o animal mais generoso da floresta, entretanto não deve fazer mal a si mesmo, ainda que seja pelo bem de outro.”

“Mas o que será agora de nosso amigo?” perguntou a raposa, ao velho.

“Eu o levarei comigo para a lua, e de lá, com toda sua virtude, ele olhará por vocês sempre”
E aconchegando o coelho em sua manta cálida, o Velho subiu aos céus.

Dizem que até hoje o coelho da lua olha por aqueles de corações generosos enquanto se diverte fazendo bolinhos de arroz para enviar a seus amigos que ficaram na terra, a raposa e o macaco.

*Fonte do conto: http://japonesdake.blogspot.com.br/


Informações Gerais: 

https://pt.wikipedia.org/ 
https://aoikuwan.com/2011/02/28/tsuki-no-usagi-o-coelho-da-lua/
Pesquisa Google: Coelho da Lua


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Chang'e - O Desterro da Deusa da Lua (Fases da Lua nº 04)

Chang'e na cultura chinesa

As festas procedem dos mitos, ou vice-versa, os mitos geram as festas. Isto ocorre em todos os países. A China não é uma excepção.

Num país de civilização milenar como a China, todas as festas, sobretudo as tradicionais, têm origem em tradições antiquíssimas ou lendas belas e comoventes.
As festas tradicionais chinesas são geralmente determinadas segundo o calendário lunar. Hoje é a Festa do Meio Outono neste país, e vou falar um pouco sobre a Festa.
Numa civilização milenar da Nação Chinesa, as festas tradicionais têm uma simbologia rica e poderosa.
Dia 15 de Agosto, Festa do Meio Outono
No dia 15 de Agosto segundo o calendário lunar, os chineses comemoram a Festa do Meio Outono que tem origem numa belíssima lenda: Chang'e voa para a Lua.
Na noite desse dia, quando a lua cheia levanta-se no horizonte , os velhos, junto com seus filhos e netos, sentam-se ao redor de uma mesa no pátio e contemplam a Lua, comendo melancia, maçã, uva e outras frutas, assim como yuebing, um tipo de bolo especialmente para esta festa.
Nestas ocasiões, os velhos costumam contar a história de Chang'e, que voou para a Lua

O Mito da deusa da lua na tradição chinesa

Segundo uma tradição, Chang'e, sobrinha do Imperador Celestial, casou-se com Hou Yi, outra divindade do céu, e o casal levava uma vida feliz. Naquele tempo, havia dez sóis no Céu. E na terra, as plantas, queimadas, murcharam, reinavam as feras e os bichos venenosos.
O imperador celestial decidiu enviar Hou Yi para ajudar a humanidade a remover nove dos dez sóis do céu e aniquilar as feras e bichos venenosos na superfície da terra. E Chang E acompanhou seu marido. Ao chegar à terra, Hou Yi acomodou sua esposa numa gruta da montanha e foi combater os sóis com arco e flecha e aniquilar as feras e os bichos com sua espada.
Sozinha na gruta, Chang'e sentia-se muito solitária. Um dia, ela percebeu que só restara um sol no céu e concluiu que, cumprida a missão dada pelo imperador celestial, Hou Yi voltaria logo. Sem conter a alegria, começou a dançar, queria voar, pois quando vivia no céu, ela viajava entre as nuvens. Mas ali não podia. Ficou aflita.
Quando voltou à gruta, Hou Yi viu que sua mulher chorava e perguntou o que lhe acontecera. Chang E contou o motivo. O marido consolou-a dizendo: "Não fique triste. A imperatriz-mãe do Oeste tem remédio de imortalidade. Vou pedir-lhe tal remédio para nós. Viver no mundo como imortais é muito melhor que levar uma vida solitária no céu."
Chang'e concordou e parou de chorar.
Superando mil e uma dificuldades, Hou Yi chegou ao Palácio da Imperatriz-mãe do Oeste, situado em cima da Cordilheira Kun Lun.
Inteirada do caso, ela disse: "Quem toma uma pílula do meu remédio, fica imortal; quem toma duas, pode voar para o céu e tornar-se divindade."
Como havia decidido ficar na terra para continuar a ajudar a humanidade, Hou Yi pediu duas pílulas, uma para ele próprio, e a outra, para sua mulher Chang'e.
Depois de uma viagem de alguns meses, Hou Yi retornou à gruta, levando as duas pílulas.
A Chang'e ficou muito contente e queria tomar o remédio imediatamente, mas o marido a impediu, dizendo: "Paciência. Tomemos amanhã, dia 15 de Agosto, com a Lua mais cheia e brilhante."
Alta noite, a Chang'e não conseguia dormir. Pensava: uma pílula para ser imortal, e duas para voltar ao céu e levar uma vida de divindade. Por um impulso do momento, ela tomou as duas pílulas e saiu da gruta. A Lua estava lá no céu, redonda e brilhante, como um prato de prata. Chang E sentia-se leve, e começou a voar para o céu.
Inteirado do retorno de Chang'e, o imperador celestial baixou uma ordem, dizendo que por ter voltado ao céu sem autorização, Chang'e é condenada ao exilo na Lua de onde jamais poderia sair.
Sem se atrever a contrariar a ordem do imperador celestial, Chang'e foi morar na Lua onde passou a levar uma vida triste, solitária, mordida de remorsos, acompanhada por um coelho branco que pila ervas medicinais, um sapo e um grande loureiro.

O Coelho de Jade da Lua

Na China, o coelho da lua é geralmente chamado de yuè tu (月 兔), que significa "coelho da lua". No entanto, o coelho da lua também é chamado de yu tu (玉兔), ou "Coelho de Jade", e às vezes "Vovô Coelho", "Coelho Cavalheiro", "Senhor Coelho" e também "Coelho de Ouro". Histórias sobre o coelho de jade datam do período dos Reinos Combatentes ( aprox. 475-221 a.C.).

Segundo a lenda, o coelho da lua é o companheiro da deusa da lua Chang e soca o elixir da vida para ela em seu pilão. Ele vive na lua junto com o sapo e pode ser visto todos os anos em plena vista no dia do meio outono, ou 15 de agosto.

Em uma lenda contada em Pequim e seus arredores, uma praga mortal caiu sobre a cidade cerca de 500 anos atrás e matou muitas pessoas. A única coisa que poderia salvar a cidade esta epidemia era o Coelho da Lua. Chang enviou o coelho à Terra para visitar cada família e curá-las dessa praga. Após livrar a cidade desta praga, ele voltou para a lua.

Para este dia, figuras do coelho vestindo armadura e montando um tigre,um leão, um elefante, ou um veado são brinquedos populares entre crianças e adultos! Eles são particularmente populares durante o Festival do Meio Outono, ou durante o Ano Novo Lunar no Ano do Coelho.


Fonte e demais informações: 
Pesquisa Google
http://portal-dos-mitos.blogspot.com.br/2014/04/o-coelho-da-lua.html
http://portuguese.cri.cn/chinaabc/chapter16/chapter160110.htm


O Coelho da Lua - Tradição Hindu (Fases da Lua nº 03)

Era uma vez três coelhinhos que viviam em três cavernas do Himalaia, onde levavam uma vida inteiramente dedicada a Deus.
Diariamente rezavam a Deus, pois seu maior desejo, era entrar no reino do céu.
O primeiro coelho tinha um pêlo marrom; o segundo tinha uma mancha branca no pêlo marrom, e o terceiro, que se chamava “Nevo”, tinha o pêlo completamente branco.
Os três coelhos amavam-se muito e, o que um fazia, os outros faziam também.
Mesmo estando absorvidos por suas orações durante todo o dia, tinham que procurar alimentos para não morrerem de fome.
Assim, passaram-se muitos anos. Moravam bem perto um do outro, e estavam sempre voltados a Deus. Até que, finalmente, suas orações chegaram aos ouvidos de Deus e Ele decidiu recompensar tanta dedicação. E, apesar de Deus conhecer bem o coração dos coelhos, ainda quis pô-los à prova.
Assim, Deus-Pai chamou a Lua, cujo nome era Chandra, e disse:
- Como você só precisa brilhar no céu à meia-noite, dirija-se antes às montanhas do Himalaia e lá, visite os três coelhinhos. Peça a cada um, um pouco de comida. Depois que terminar a visita, volte a mim e relate o que viu.
A Lua obedeceu e visitou em primeiro lugar o coelho marrom.

Este preparou o seu jantar e viu Chandra chegar à porta de sua caverna. Muito feliz pela visita convidou-a para entrar e compartilhar de sua refeição. Mais tarde a Lua agradeceu e procurou o segundo coelho.
Quando este ouviu alguém se aproximar, exclamou alegre: - Bem vindo amigo! — e após ouvir o pedido da Lua disse:
- Com todo prazer saciarei a sua fome, mas deve desculpar a minha demora, pois hoje fiquei absorvido nas minhas orações e esqueci de sair à procura de alimentos.
Espere um pouco que lhe servirei uma refeição. Após ter procurado alimentos, não se serviu de nada, deixando tudo para o hóspede, a Lua.
Por último, Chandra dirigiu-se até a caverna do coelho branco chamando, “Nevo”.
Bateu, inutilmente por muito tempo, à porta da caverna do coelho branco, que estava mergulhado em profunda meditação e demorou a sair da caverna para cumprimentar a Lua.
- Procuro alguém que possa me dar alguma coisa para comer, disse Chandra. Após longa caminhada pelos campos gelados das montanhas, estou com muita fome.
Descanse minha querida, pediu “Nevo”, enquanto vejo o que posso servir-lhe.
De bom grado a Lua aceitou o convite e sentou-se no chão da caverna, pois não havia nem cadeira, nem cama para um descanso.
A Lua sentiu-se muito bem na caverna do coelho “Nevo”, pois o ar era fresco e ameno.
Enquanto isto, o coelho revistava a sua dispensa. Mas, que susto!

Há dias o coelho não procurava mais alimentos, por estar profundamente absorvido em suas orações.
O coelho sentiu-se muito triste por não poder oferecer algo à tua visita, pois Deus sempre considerou uma das primeiras obrigações de todos, receber bem os viajantes. Sentou-se para pensar e depois, voltou à estrada de sua caverna, onde Chandra já o esperava impacientemente, pois já era tarde e ela precisava voltar para ao céu.
- Querida Lua — disse o coelho “Nevo” - não seja impaciente, vou acender o fogo para você se aquecer e logo lhe servirei algo para jantar.
Após acender o fogo o coelho disse:
- Como não tenho nada em casa para comer e não quero falhar em uma das mais importantes leis divinas, desejo oferecer-me a você como alimento.
E, antes que Chandra, a lua, pudesse impedi-lo, jogou-se na fogueira.
Assustada com o que vivenciara, Chandra voltou ao céu, dirigindo-se ao trono de Deus-Pai para relatar tudo o que aconteceu.
Mas como foi grande a sua surpresa ao avistar, no colo de Deus-Pai, um coelho branco como a neve, irradiando maravilhosa luz.
Fonte: http://www.festascristas.com.br/pascoa/pascoa-historias/504-o-coelho-da-lua


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Sob as luzes de Lamphoin...

Eis um novo ciclo, novas indagações e novos horizontes.
Sussurros no Porão cumpriu com o seu papel, agradeço pela cosmovisão de obscuras e incertas razões que acredito que não há mais necessidade na minha vida. Isso ficou no passado, pois matei aquele monstro roedor de corações afoitos. Essa ilusão já foi suprimida e me sinto mais livre e leve pra expandir minhas percepções e essa criatura seguiu o seu caminho.
Agora, sob as luzes de Lamphoin, vejo um rumo mais expansivo, mais congruente com minhas idéias e indagações e assim sigo para um caminho mais condescendente com a realidade, minha realidade!
Pela sua graça, Lamphoin, me conceda a sua benção nos campos das ideias e nos ditames da Psiquê humana e atributos metafísicos do mundo supralunar e celestial.

(Lâmpadas, histórias e outras invencionices)

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Mito de Selene: A Deusa da Lua (Fases da Lua nº 02)


Selene (em gregoΣελήνηSelíní, "lua"), na mitologia grega, era a deusa da lua. Ela é filha dos titãs Hiperião e Teia e irmã do deus do sol, Hélio e de Eos, deusa do amanhecer. Ela dirige sua carruagem lunar pelos céus. Vários amantes são atribuídos a ela em vários mitos, incluindo Zeus, e o mortal Endimião. Em tempos clássicos, Selene foi muitas vezes identificada com Ártemis, assim como seu irmão, Hélio, foi identificado com Apolo. Ambos Selene e Ártemis também foram associados com Hécate, e todos os três eram considerados como deusas lunares, embora apenas Selene fosse considerada como a personificação da própria lua. Sua equivalente romana é Luna.

Etimologia

A etimologia da Selene é incerta, mas se o nome é de origem grego, é provável que se conecte a palavra selas (σέλας), significando "luz".
Assim como Hélio, a partir de sua identificação com Apolo, é chamado Febo ("brilhante"), Selene, a partir de sua identificação com Ártemis, também é comumente referida pelo epíteto Phoebe (forma feminina).
 A Phoebe original da mitologia grega é a tia de Selene, a mãe titânide de Leto e Astéria, e avó de ApoloÁrtemis e Hécate. Também a partir de Ártemis, Selene às vezes era chamada de "Cíntia".
Selene também foi chamado Mene. A palavra de homem (feminino mene), significa a lua, e o mês lunar. Era também o nome do deus frígio da lua Men.

Mitos

Depois que seu irmão Hélio termina sua jornada pelo céu, Selene, recém-banhada nas águas do Oceano que circunda a terra, começa sua própria jornada enquanto a noite cai sobre a terra, iluminada pela radiância da sua cabeça imortal e de sua áurea coroa. Jovem e bela.
Na Arcádia, uniu-se a , que a seduziu disfarçando-se com uma pele de ovelha e depois a presenteou com um rebanho de bois inteiramente brancos que ela usou para puxar seu carro noturno.
Com Antifemo ou Eumolpo, Selene teve o filho Museu, um adivinho renomado e grande músico, capaz de curar doentes com sua arte, que foi amigo inseparável, discípulo ou mesmo mestre de Orfeu.
Seu amante mais célebre, todavia, foi o jovem e formoso Endimião - um caçador ou pastor, segundo a maioria das variantes, ou um rei, segundo Pausânias. Segundo Apolônio, a pedido de Selene, Zeus prometeu a Endimião atender-lhe de imediato a um desejo, por mais difícil que fosse e ele pediu um sono eterno, para que pudesse permanecer jovem para sempre. Maravilhosamente belo, permanecia adormecido na encosta de uma montanha no Peloponeso, ou no monte Latmos, na Cária, perto de Mileto. Noite após noite, Selene descia atrás do monte para visitá-lo e cobri-lo de beijos.

Variante do mito de Endimião

Uma variante contada por Cícero relata que o sono mágico foi obra da própria deusa. Adormeceu-o, cantando, a fim de que pudesse encontrá-lo e acariciá-lo sempre que desejasse. Dessa paixão nasceram cinquenta filhas, as menas (uma das quais foi Naxos, a ninfa da ilha do mesmo nome) que representam os cinquenta meses lunares que existem em uma Olimpíada, período de quatro anos que regia o calendário grego.

Existiu um santuário de Endimião em Heracleia, na encosta sul do Latmos, uma câmara em forma de ferradura com um vestíbulo de entrada e um átrio sustentado por pilares.
Este mito contrasta com o de Eos, irmã de Selene que pediu a Zeus imortalidade para seu amante Titono, mas esqueceu-se de pedir também a juventude eterna. Sem poder morrer, o pobre Titono envelheceu e encolheu até se reduzir a um inseto dessecado.

Roma

Em Roma, Luna tinha um templo no monte Aventino, que foi construído no seculo VI a.C. e destruído pelo grande incêndio de Roma no reinado de Nero. Havia também um templo dedicado a Luna Noctiluca ("Luna que brilha à noite") no monte Palatino. Havia festivais em honra de Luna em 18 de março, 19 de agosto e 29 de agosto.

Os lunáticos

Selene é um substituto de mênê, "lua", nome antigo do mês, provavelmente por um tabu linguístico, uma vez que a lua estava ligada a um mundo perigoso e maléfico, como atesta o verbo selêniazein, "ser ferido pela lua, tornar-se lunático, isto é, epiléptico, convertendo-se desse modo em adivinho ou feiticeiro".

A crença nos poderes maléficos de Selene é atestada em duas passagens importantes do Evangelho de MateusMateus 4:24 e Mateus 17:15. Na primeira, diz o texto: "e espalhou-se a sua fama (de Jesus) por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que tinham algum mal, possuídos de vários achaques e dores, os possessos, os lunáticos [selêniazoumenous], os paralíticos e curava-os". No segundo, "tendo ido para jundo do povo, aproximou-se dele um homem que se lançou de joelhos diante dele, dizendo: 'Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático [hoti selêniazetai] e sofre muito".






Curiosidade: A autora e Mangaká japonesa, Naoko Takeuchi, teve como inspiração na criação de Sailor Moon, a antiga lenda grega sobre o romance entre a deusa Selene e o pastor Endimião, assim também criando o romance entre Usagi Tsukino e Mamoru Chiba.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Selene