domingo, 21 de agosto de 2016

Rascunho de um Desabafo (nº12)

Em tempos tão obscuros, nos resta fazer uma reflexão sobre nossas inquietações e tormentos, onde não encontramos uma saída que possa nos guiar em um refúgio, um afago que possa aquietar nossas dores, inseguranças, medos...onde não temos ninguém com quem nos apoiar, abraçar nossa solidão, dividir nossas duvidas, enfim, um lugar sem encanto e nem significado de como podemos sair dessa.
Um Umbral onde nossos tormentos mortifica a nossa essência, onde o desespero prevalece e nossas angústias nos consome.
Sei que são tempos difíceis, não sou o único nessa posição, (Claro! Digo isso pois não sou único que sofre nesse mundo), mas, por mais que esteja cansado de tanto flagelo, mantenho aquele pequeno brilho reluzente de uma alma tão contrita de seus erros (E quem não erra?) e tantas ilusões cruentas que nos faz perder o direcionamento de uma realidade pesarosa. Ah, esse pesar! Que limita minhas inspirações e amplifica os dissabores da vida.
Fé...meu broquel que refuta a maldade, afastando a escuridão nos trajetos de que dispõem dessa inquietante jornada mundana. Minha singela e pequena fé, tão obstinada e convicta das disparidades de uma vida tão dissoluta em suas incertezas e tão temerária na onipresença dos meus pecados.
Minha fé! Deus permita que eu mantenha acesa essa singela, porém, inebriante e reconfortante luminescência em meu coração!
Senhor, estou cansado de tanta ilusão, de tanto desamparo, de tanta obscuridade...
...e também...
...e também...
...
...de sentir essa solidão no mundo!

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