domingo, 25 de dezembro de 2011

Uma Página em Branco

Eu sou uma página em branco
Prescrevo em minhas diretrizes a essência do bem e do mal
Vejo em textos redigidos as virtudes do espírito humano
Mas com pesar vejo também as lamúrias do caos
De fato eu sou uma página em branco.
Não tenho uma determinação traçada diante dos eventos naturais
Não posso formalizar um plano de como agir diante da tristeza
E não posso dizer como se portar sobre a manifestações do amor
Realmente eu sou apenas uma página em branco
Vivo enaltecido diante de minha grandeza
Um espírito encarnado e preso diante das sensações
Me sinto preso e livre, sem saber como agir e pensar
Me confundo sobre o real valor que devo ter a respeito do mundo
Vejo a inocência perecendo sobre as asas da maldade
E ao longo dos anos prescrevo em minhas linhas
A perversidade dominar os corações iluminados
Vi a ilusão sobrepujar uma paixão enaltecida
E com ele se foi também a alegria de sonhar
E ainda continuo sendo uma página em branco.
Em minhas folhas escrevo nas entrelinhas
Os sonhos e pesadelos de um encanto sem pudor
Vi noites nubladas em tons avermelhados
Diante de meus olhos tristes e encharcados pelas lágrimas
Que derramo com a convicção do tolos desiludidos.
Mas tenho a esperança de arrancar em meu coração
Aquela ilusão enfadonha que mortifica minha alma
Plantando em meu coração a esperança
Que perdi por acreditar em algo bom
Mas caminho por entre as alamedas da verdade
E vejo com a ansiedade dos homens sonhadores
Que não a nada mais grandioso e sublime
Em ter a esperança de um dia cruzar a linha de chegada.
E assim apago todos os eventos de minhas piegas orações
E volto a me tornar uma página em branco.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um definição antropológica sobre Deus: Um memorial frente as limitações humanas

Agostinho se baseia numa concepção neo platonista para explicar a definição do que seja o Homem e Deus e qual a sua posição diante do mundo. Agostinho terá como critério uma questão antropológica no que se refere ao Homem e uma teológica no que se refere a Deus e irá se defrontar com duas perspectivas, os Pluralistas e os Eleatas.
Ao tentar explicar Deus, Agostinho irá manter a posição Eleata de Que Deus é Uno, que só há uma posição divina indo de contra a idéia dos Pluralistas de que Deus está na multiplicidade das coisas naturais, onde tudo na natureza indica um Kalós (belo) e Deus está contido na diversidade que remete ao paganismo onde a essência das coisas naturais remete em uma divindade específica.
Agostinho refutará a posição dos Eleatas quanto à dificuldade em encontra Deus e o não reconhecimento do Belo nas coisas naturais. Os Eleatas defendem num ser Uno e não existe uma posição quanto ao lugar onde encontrar Deus, pois se remete num outro plano, num outro lugar, pois os Eleatas alegam que vivemos num lugar onde se anula a probabilidade de se encontrar com o divino, ou seja, os Eleatas acreditam no Uno, mas não há lugar que possa encontrá-lo, só será possível num outro mundo.
Diante dessas questões, Agostinho dará uma resposta possível para os Eleatas e Pluralistas do que seja Deus e onde encontrá-lo. Agostinho irá por a figura do Homem numa posição de destaque, será no próprio Homem e na sua compreensão em si mesmo, é que irá abarcar na questão da busca e o lugar de encontrar Deus.
Agostinho não irá refutar a idéia dos Pluralistas de contemplar o Belo nas coisas naturais, mas remete a reflexão das coisas belas e naturais em direção a Deus através da memória, uma rememoração que estará depositada na imagem do belo e caminhar numa abstração deste belo em si mesmo, pra que dessa forma não fique restrito apenas na contemplação, mas em uma investigação para aquele que as criou.
Para Agostinho, a questão do lugar onde esteja Deus estará no próprio homem, pois Deus não está fora do homem que, conhecendo a si mesmo será possível conhecer Deus onde, a partir do registro da memória é que Deus estará contido no homem, se baseando numa compreensão introspectiva, desfazendo, portanto da idéia possível de encontrar Deus na esfera de limitação de um lugar vigente contida na matéria.
O Homem será uma representação possível do que seja Deus contido no horizonte da memória, para Agostinho, pois a memória será um continente ilimitado das crenças e experiências que a cada momento será impresso no próprio homem, portanto o Homem para Agostinho será o continente onde Deus irá se abrigar através da memória, pois quando as coisas são impressa em mim diante das experiências de uma vivência temporal, elas continua vigentes, ou seja, ainda permanecem vivas essas impressões, mesmo não estando mais presentes e fazendo referência de uma possível procura em que Deus esteja inserido e que se mantém ativo em algum lugar e em algum tempo mantido pela compreensão de nossas experiências passadas atreladas em uma certa interioridade sem que para isso recorra para uma perspectiva temporal, pois é na memória que será possível uma busca ao ser que estará abarcado num contexto além do espaço e da temporalidade.

domingo, 28 de agosto de 2011

Uma Antiga História de Ninar.

"Fica estabelecida a possibilidade de sonhar coisas impossíveis e de caminhar livremente em direção aos sonhos." (Luciano Luppi)

Eu vejo aquele brilho no céu se dissipando
E com ele um sonho longínquo se desvaneceu
Queria a todo custo me manter naquele desejo
E hoje sou um tolo que prescreve seu adeus.

Não há mais nada a ser dito nem correspondido
Minha mente combalida de um ardor desenganado
Vejo planos mortificados que tem se desvanecido
Diante das horas tortas de um sono mal concebido.

Em meu castelo de cartas marcadas
Eis o ás de minha surpresa do mal enganador
Destaco um coringa em que vejo desmoronar
Aquele grande engano de um juízo sem amor.

Não vejo culpados nem inocentes na escuridão
Vejo apenas um brilho que descrevo sem razão
Me entrego as dores de meu espírito combalido
E irei navegar nas insípidas águas do meu destino.

E com a brisa da manhã fecho meu voto com oração
Acordo de meu sono e com aquela dor no coração
Prescrevo com tormentas de meu espírito a se calar
Que esta é apenas uma antiga história de ninar.

sábado, 23 de julho de 2011

Na Calada da Noite nas Horas Mortas - Segunda Parte

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."
(Antoine de Saint-Exupéry)

Quando percebi, havia sido transportado para uma outra época em um local desconhecido e vi algo que me deixou paralisado de tanto terror.
Naquele instante fiquei sem palavras e não pude discernir aquele momento em que me abstive de tentar fazer qualquer coisa. Aquilo foi impactante para o meu juízo, desafiava a minha lógica de uma maneira que meu subconsciente, de maneira autônoma, estava querendo ao menos saber o que era aquilo tudo.
- Isso seria eu??? Este homem velho, sou eu??? - Tinha feito essa pergunta porque vi na minha frente uma figura decrépita, encurvada e solitária sentado numa soleira de uma cabana que ficava ao sopé de uma montanha. A redor daquilo que acreditava ser eu mesmo numa época longínqua estava uma parede repleta de livros, dos mais variados temas e assuntos e podia jurar que seria exemplares advindas de todos os recantos do mundo. Todo conhecimento do mundo estava naquele ambiente que seria o quarto daquele homem, mas, assim que peguei um exemplar, vi que eram livros de páginas amareladas e não tinha nada escrito em suas folhas.
E foi quando aquele mensageiro revelou de fato quem era aquele homem:
- Esse homem na verdade seria o seu espírito! Está velho porque você levou uma vida promíscua e leviana. Você deixou de lado seus valores, seu altruísmo, em troca de coisas limitadas e quando mais o seu espírito precisou, você se deixou abater por preocupações supérfluas e efêmeras e deixou de acreditar naquele que de bom grado lhe concedeu o bem mais precioso que qualquer tesouro no mundo podia comprar.
Naquele momento não falei nada. Já sabia das respostas e não havia necessidade de procurar mais nada. O que era essencial ao coração não é visível aos olhos. Me deixei enganar pelas questões terrenas e me havia perdido em meio de minha próprias divagações ilusórias.
- Peço que me perdoe se fui arrogante. Achei que sabia de tudo e agora percebi o porque desses livros na estante, são conhecimentos sem qualquer conteúdo, que só serviram pra enaltecer a minha vaidade e inflar o meu ego. Desperdicei minha vida pra ser aquilo em que eu mais odiava e sucumbi ao delírios de uma vida desregrada e gutural. Eu fui um fraco.
Com as lágrimas invertidas em meu rosto, me prostrei de joelhos diante do mensageiro e ele ergue a minha cabeça e vi que ele já não tinha mais aquela fisionomia punitiva e inquisidora de antes, e foi quando ele me disse:
- Não se culpe tanto. Só queria lhe mostrar o que acontece em sua essência quando se leva uma vida fácil e desregrada. Você é humano e não estará livre das tentações e não há necessidade de se tornar um santo por isso. A sua encarnação estará sujeita a todos os tipos de privações, medos e necessidades que irão lhe acompanhar em sua jornada terrena, mas é através disso que você irá aprender a verdadeira essência do divino e a ser mais cortês e humilde com o seu próximo e que não adianta nada adquirir conhecimento se não for para um bem maior. Todos tem um dom em especial e não se deve perder a chance de aprender como usá-lo.
Neste momento, vi que meu espírito havia se rejuvenescido e sorriu pra mim junto com o mensageiro e foi quando ele me falou:
- Não tenha medo, tenha fé e não perca suas esperanças!
No momento que eu queria sanar minhas duvidas, fui levado de novo para o meu quarto e o catre onde eu dormia não era mais frio e solitário como antes e quando abri a janela estava tudo muito quieto e iluminado.

sábado, 25 de junho de 2011

Na Calada da Noite nas Horas Mortas - Primeira Parte

(Diálogo entre mim e **** - Porque construir um muro?)

Em um determinado momento, estive deitado em um catre de mármore e me veio na mente uma certa divagação das horas mortas e solitárias e ao meu lado uma xícara de café fria e amarga tomando o sereno da madrugada e mariposas voando ao redor de uma lâmpada incandescente, iluminando aquele recanto lúdico e depravado do meu quarto amargurado e sobre mim um exemplar do livro " A Muralha da China" de Franz Kafka, que por sinal foi lançado sete anos depois da morte do autor, e fiquei preso sob um contexto de meu subconsciente a respeito da construção de um muro que divide um país inteiro ao custo de milhares de vidas se protegendo de incursões Tártaras e das pilhagens do remanescente império do famigerado Gengis Khan, e tive que lidar com duvidas a respeito de uma proteção simplória proveniente de resguardar as vidas em questão.
Os homens tem essa característica de se proteger e ser protegido. Vivemos em constante ameaça, nosso corpo tem uma densidade física muito frágil que a todo momento essa integridade pode ser violada a qualquer momento sobre os perigos da violência e da morte, mas o que falar quando o perigo provem de forças que estão além de nossa compreenção? E o que falar quando essa ameaça vem de você mesmo??? Eis a questão Hamletiana que provoca um impasse que, no mesmo instante eclodiria um disparate de minhas deturpações obscuras de meu espírito amargurado:
- Você está cruzando uma fronteira muito perigosa!!! Não lhe é permitido que ultrapasse essa barreira!!!
Olho para o lado de meu catre e eis que do meu lado um estranho que não faço idéia de como apareceu.
- E quem devo pedir permissão??
- Você sabe muito bem quem é........Ou será que você é burro o bastante pra não perceber!!! Me respondendo num tom insolente e arrogante.
- Seja lá o que for, posso ir pra onde eu quero e não será você que irá me dizer quem eu devo pedir permissão pra onde eu devo ou deixo de ir! Meta-se com sua própria vida!!!!
- Oh! É mesmo?? E pra onde pretende ir???
- Isso não é da sua conta! - respondi num tom ríspido pra por um fim nessa conversa.
- E desde quando você tem uma vida? Você é um comediante!!! Não passa de um pobre coitado!
- E porque perder seu tempo com um pobre coitado??? - lhe perguntei.
- Pra ver até onde é seu limite!!!
- E depois? Qual será a finalidade, seu depravado?
Nesse instante soltou uma risada que fiquei meio absorto. Será algum tipo de provocação?
- Posso saber qual é a graça???
- Esses homens!!! Querem sempre algo pra satisfazer suas necessidades, mas ninguém quer pagar o preço!! Você é uma piada!!!
- Eu não lhe pedi a sua opinião e tão pouco me interessa o que você pensa!! Acha que vai me afetar com essa grosseria, você está enganado!!! Não me rebaixo ao seu nível!! - Procurei responder da forma mais contundente possível!
- Nem que você quisesse chegaria ao meu nível. Pensa que conhece tudo a respeito do amor, das dores, do sofrimento...Não me faça rir!!! Não faz a menor idéia do que seja tudo isso! Seus medos, suas angustias, suas ambições.....Estão muito além do que você acredita como inquietações advindas de suas perturbações. Você não entende isso e resolve construir um muro pra se proteger...Mas isso não vai adiantar! Não se pode proteger daquilo que vem de dentro de você mesmo!!
Aquilo me deixou um tanto assustado!!! Não consegui pensar em mais nada!!! Como ele podia advinhar a respeito dessas coisas sobre mim e foi aí que eu perguntei:
- Quem é você??? O que você quer de mim???
- Eu? Com o tempo você saberá quem eu sou e o que eu quero está além dessa zona de repouso em que você encontra!!! Levante-se e venha comigo!! Tenho algo a lhe mostrar!!!
Nesse momento saí de meu catre e segui aquele ser e foi quando me vi imbuído de uma luz ofuscante que não pude enxergar mais nada, mas, quando a luz se dissipou, vi algo me deixou aterrorizado!!!!
- Deus do céu!! Isso é........

Continua...

domingo, 22 de maio de 2011

Os Devaneios de Nêmesis

(para Dante Alighieri, meu mentor)

Em oração, entoarei os cânticos de misericórdia,
Ofereço em holocausto as minhas chagas mal curadas.
Minha alma se dissipa por entre os acasos da dor.
Eu vos peço que interceda por mim nos momentos de descaso,
e me cubra com o sagrado livramento das horas triste e desinibidas.
Eis que vejo um cavalo alado trazendo consigo os elementos do caos.
E diante do firmamento das estrelas, conduzo a minha penitência
em face de minhas oferendas, estendo minhas mãos para o céu,
dizendo em tom solene e desordeiro de minha certeza:

"Oh! Nêmesis!!! Deusa capciosa de corações inebriados e amargurados!
Faz de mim o seu arauto da discórdia e rogai por mim nas noites caudalosas e enluaradas!!"

Dito isso cai em um devaneio.....
Olho em volta de um mundo cinza desbotado,
o céu figura um estranho entardecer.
Então vejo alguém se aproximando, parece muito comigo,
mas seu semblante é diferente.
Em sua face eu vejo tristeza,
vejo impregnado em sua alma uma singela solidão
Ele sorri para mim com um cinismo depravado de um anjo amargurado
Me oferece um cálice que transborda da mais insípidas alegrias
Experimento esse elixir e o mundo em minha volta se desmorona
Aquele sujeito, com um sorriso escancarado,
pega em meus braços e me joga para o abismo.
Pensei que iria cair, até que alguém me agarrou a tempo
Presenciei um embate diante de mim,
aquilo não pude conceber em mente.
Tinha em mim um devaneio de forças obtusas,
era os rufiões do meu lamento.
Duas figuras inoperantes de meu discernimento
se confronta diante da minha razão.
Olho mais de perto e meu espírito se enche dos mais absurdos temores
Era eu mesmo combatendo contra meu eu maligno
Duas vertentes do mal, minha parte boa e ruim, estão em plena luta pelo controle de minha nobre essência.
A face mais obscura da minha alma almeja pela minha luz
Eis que vejo um guardião sobressair diante do meu lado bom
Levanta suas asas e com um só bater,
afasta aquela maldição pra longe de mim
Antes de ir embora, ele me disse:
"Fiz da solidão o meu martírio, eis aqui a minha redenção!"
Cai de joelhos e transbordo com minhas vestes
as lágrimas de minha dor.
O guardião me tomou em seus braços,
e acalentou as minhas inquietações.
Me disse que foi apenas mais um dia,
haverá outros em que terá que lutar.
Também me deu a esperança de sempre continuar a me ajudar.
Estará sempre ao meu lado pra me auxiliar nas horas tristes.
Me recomponho, enxugo o rosto com o meu manto vermelho
Me apoio em meu joelhos cansados e doloridos,
e descalço continuo a minha jornada.
Foi só mais um evento em meu caminho que deteriora o meu viver....
Só sei que nada sei!
São sonhos derradeiros de um jovem errante,
gracejando a tormenta de suas virtudes.
Só sei que tenho que continuar!
Até o fim.......

domingo, 24 de abril de 2011

Amizade Impressa em Dó Maior


“O que mais impede de ter um bom amigo é o empenho em ter muitos. A amizade quer ser antiga.” (Plutarco
)

Quando olhares para a direita, verás uma grande paixão
Peça em oração que te afaste as angustias de sua deturpação
Tenha em mãos a mais caudalosa prece de louvor
e proteja o seu coração.

Quando olhares a esquerda verás o temor da mentira
Ela é filha da discórdia e irmã da tentação,
cunhada da tristeza e mãe da desilusão.
Brinca com a nossa percepção, nos enche de promessas,
nos faz especiais, mas é uma enganação.

Vista-se com sua coragem, mas não tenha em mãos a sua valentia
É movida pelo ímpeto de feras aguerridas de uma mente doentia
Tenha apenas uma discreta motivação de seu espírito redentor,
que mesmo na escuridão, irá combater diante de seu amor.

Quando olhar para frente me verá
contemplando as estrelas com toda sua dor.
Desejando fervorosamente uma chance de alcançar aquele resplendor
Isso porque cansado estou nesta estrada de pedra calcificante
Que brinda o seu clamor admirando aquele brilho de ardor sintilante.

Nunca deixe de olhar o que estiver vindo diante de você
É a morte querendo tirar a sua essência e o seu prazer.
Ela é conselheira da bondade e amiga da maldade
que mesmo estando certa sobre nossa frivolidade
Tens medo da nossa vida simples levada com humildade.

Quando estiveres cansado e amargurado diante da solidão
Verás um amigo que estará sempre ao seu lado de prontidão
E mesmo quando eu não estiver mais caminhando nessa vida
Olhe para as estrelas e verás alguém sempre em tua companhia.

terça-feira, 29 de março de 2011

O Efeito Contrário

(Em Agradecimento ao amigo Rousseau)

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
(Antoine de Saint-Exupéry)

Recentemente cheguei a conclusão de que muitas vezes o conhecimento não traz a solução para as nossas diversas inquietações. Posso ser arrogante a ponto de dizer essas coisas, mas, tô começando a acreditar que o ser humano jamais deveria ter saido do seu estado de natureza!!

Por que estou dizendo isso??? Simples!!!! Porque o ser humano se corrompeu demais!!! Nesses tempos contemporâneos, estamos acompanhando maneiras dissolutas e cruentas na qual a espécie humano está se submetendo!! tenho visto nos dias de hoje a perda da infância, digo, a infância verdadeiramente ingênua! Tenho acompanhado muito assustado o quanto essa geração vem crescendo de maneira exageradamente dinâmica e autônoma!! As vezes eu brinco com uns amigos que talvez a ingestão de alimentos com produtos quimicos, como corantes, conservantes...enfim....tenha causado uma mutação em nossos genes que tenha ocasionado uma disfunção em nossos sistema imunológico e que tenha alterado um comportamento nesta geração que não é natural, onde as crianças estão aprendendo a falar e andar mais cedo, e com computadores, celulares com musicas digitais, estão cada vez mais inbuídas de informação que não são necessárias pra sua idade, ou seja, a um esfacelamento da ingenuidade!!!

É claro que isso é apenas brincadeira minha, mas, uma coisa me deixa bastante preocupado e inquieto, o fato das crianças não estarem mais tão ingenuas quanto foi por exemplo a nossa geração!! Estão crescendo depressa demais!! Acredito eu que isso seja natural da espécie humana, é caracteristico que uma geração posterior venha a se adaptar a um tempo cada vez mais conturbado e incerto. Isso me deixa com um certo temor....

Podem me achar antiquado, mas eu valorizo a ingenuidade infantil! Isso faz parte pra que o ser humano se desenvolva com saúde, tanto em corpo quanto em espírito. Afinal ela tem que ter um tempo de viver em um mundo que não conheça tão cedo a maldade e outros malefícios que impera na natureza humana!!! E isso é obrigação dos pais afim de garantir e assegurar um bem estar dessa criança, e não concordo o fato de os pais não terem condições pra isso, afinal, isso é questão de educação é intríssico garantir uma estrutura pra que uma criança cresça feliz....

E vão me perguntar se estou sendo radical nessa questão, pode ser.....afinal é um ser inocente e não pediu pra vir ao mundo.....ela tem que ter um tempo pra ser feliz pra só depois na fase da puberdade venha conhecer de fato do que o mundo é feito.....Tem que seguir a ordem de formação da espécie humano.....

Bom......de resto isso é apenas o meu comentário e só estou escrevendo isso como desabafo, porque eu não aguento mais ver criancinhas escutando funk de baixo calão, que vulgariza as mulheres como meros objetos de prazeres sexuais, "uma coisa que eu abomino veementemente", e vendo meninas rebolando ao som dessa depravação e os pais acharem que isso é bonito....Te juro que quando presenciei uma cena dessa, fiquei horrorizado e assustado!! E parece que só eu tive essa reação!!!

Se estou sendo em demasia muito criterioso nesta questão, eu acredito que sim!....Sei lá!!! Podem me criticar afinal não sou e nunca fui dono da verdade!!!

Só sei que quando um dia tiver um filho não vou querer expor ele a essa degeneração cultural!!!!


E tenho dito.....rsrsrsrsrsrs

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um Plano de Apoio

De início, peço desculpas com relação aos meus recentes post. De fato irão passar um sentido negativo, mas as vezes uso esse blog como uma "Válvula de Escape" para algumas questões que vem me aflingindo ultimamente. Muita coisa vem acontecendo com tanta intencidade, que as vezes procuro um direcionamento que acalente o fardo pesado desses acontecimentos, e muito deles não muito agradaveis, e tento despejar toda essa energia que vem acumulando nesse momento de transição. Velhos valores estão se extinguindo enquanto outros, embora desconhecidos, estão por vir.
Procuro ser o mais otimista possivel, mas tem dias que o peso das angustias recai sobre mim como um rolo compressor, sufocando minhas aspirações e inibindo minhas esperanças, mas enfim.......
E mais uma vez peço desculpas caso alguém leia os post anteriores e se sinta desconfortável. Juro que minha intenção nunca foi essa e agradeço pela visitas e espero não ser tão negativo futuramente,OK?

Alexandre Silva

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Ingenuidade da Escuridão

O que fazer diante das tristezas??
Devemos acabar com elas num copo de uma bebida barata e enrustida e afogá-las até o ponto de lembrar-mos que não somos nada???
Ou será que devemos pensar maneiras ardilosas e entorpecidas diante dos calmantes e navegar por fantasias que nos remetem a uma prisão inebriante de nossos sentidos??
Ou talvez com a convivência daqueles que alegam que gostam de você, mas no fundo são as que mais te detesta!!!
Eu vi a face do terror...ele se esconde no rosto daqueles que você mais ama!
Eu sou apenas um pássaro que só quer voar, e conhecer o que está além das grades da gaiola!
Meus pés doem, minhas mãos estão cansadas e minha pobre alma que não encontra um direcionamento para a sua existência.
Estou ausente de mim mesmo, não encontro motivação pra seguir em frente.
Tudo o que vi é cinza, sem perspectiva e sem uma saída.
Talvez exista uma saída, mas não sei se é a certa.
Tenho que abrir mão de uma série de coisas que no momento não estou preparado em me desfazê-las.
Só quero encontrar um lugar bom, onde eu possa sentir de fato a vida e ter ao meu lado pessoas que me ama e não quero ser mais um sustentáculo que só vive apedrejado e difamado onde todo o seu sacrifício é recompensado nos insultos dos seus projenitores.
Eu só peço a Deus é um pouco de atenção.
Me mande para os confins do além e deixe que as pessoas vivam felizes sem que eu possa estar por perto.
Não quero ser mais estorvo para ninguém e tão pouco quero ser culpado pelas tristezas que elas mesma procuram em suas vidas.
Não quero ser mais o bode-expiatório e nem quero mais ser Judas no Sábado de Aleluia.
Eu sou apenas um tolo que só vive sonhando com o improvável.
Me deixe só num canto qualquer, e me ajude a olhar pra mim mesmo sem que eu possa sentir vergonha de mais nada.
Talvez diante das dificuldades, eu venho com essas palavras tortas e desinibidas na tentativa de encontrar um subterfúgio para a minha agonia.
O que será que eu sou quando me olho no espelho?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Onde os Ventos Levanta o Alvorecer

Nos dias sombrios e tempestuosos,
Carrego comigo as incertezas da dor,
Mas não me preocupo, pois os Ventos
Sopram a essência do amor.

Ouço diante de mim,
os sussurros da morte serena,
Estou diante do círculo do mal,
que instiga minhas tristezas.
Mas não me preocupo, pois os Ventos,
Me dizem o que não é real.

Ao entardecer, procuro não me levar,
pelo rio que minhas lágrimas derramou,
Mas navego diante da tempestade,
que meu pobre coração lhe causou.
Mas não me preocupo, pois os Ventos,
Irá confortar o meu temor.

Procuro sentir diante das estrelas,
A luz que o medo esconde de mim.
Desejo diante do tormento que se alonga,
Que diga quando será o meu fim.
Mas não me preocupo, pois os Ventos,
Levantaram o Alvorecer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um Singelo Adeus...

Pensei que estivesse sonhando, mas eu me enganei.
Achei que estava conseguindo, mas eu caí.
Quando tudo parecia estar claro, vi que estava tudo escuro.
Foi só um dia, foi só uma noite.
Só me restou esse vazio e a incerteza de não saber pra onde andar.
Não há mais escolhas, não há mais volta.
Tudo está nebuloso e o meu tormento me aguarda.
Tudo passou e nada mudou.
Só o ângulo da tristeza é que mudou de lugar.
A solidão sorri pra mim.
E o meu coração chora diante do caos.
É só um singelo adeus.
Do que deixei de acreditar........