sábado, 27 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: O Subterfúgio de minha maldade

Em uma determinada noite, procurei desvencilhar de um dilema correspondente as minhas falsas convicções e ilusões.
Os dias são decorridos de acordo com um conceito relativo aos fatos consignados pela minha crença e pela minha moral de ser. Procuro não sentir pena de mim a respeito de meus erros, mas não significa que eu não tenha remorço deles....
É apenas um ego sobreposto de acordo com a minha causa de acreditar e o efeito de aguentar a dor.
Tomo como exemplo, a essência do meu olhar externo, a perspectiva de um âmbito que exalta além da minha percepção, transpor esse domínio austero de minha razão de ser e recolocar minha sensibilidade num tom mais abrangente da minha alma...
O corpo tem lá suas razões de sobrevivência.
Inibe toda a transcedência do espírito e enaltece todas as sensações e materializa os nossos desejos e necessidades. Fui levado em juizo a discriminar a minha própria necessidade, e com isso estou pagando o preço. A princípio, me coloquei numa posição que eu tinha me colocado e descobri uma outra fração correspondente ao plano físico que me rodeia e não levei a sério esses pressupostos que determina o juizo de nossos sentidos.
Quando veio uma determinada época, vi que tinha algo de errado. Não comigo e nem com o mundo e sim com a minha natureza....Ela me instiga uma crença, um receptáculo que eu pudesse abrigar não só o espírito, mas também a certeza de uma luz. Mas também ela não está livre dos erros deste corpo. Minha natureza veio com uma falha em sua formação, o de não se adequar perante as temperança do meu ser, o de não sincretizar aos domínios irracionais do mundo e não ter uma articulação que possa aflorar um carisma em que as pessoas não me vejam como uma ameaça ao seus próprios conceitos ou algo, na qual, elas não compreenda.
Não se trata de uma filosofia de auto ajuda ou de encontrar uma resposta aos critérios que formaliza o meu ser, mas tento eximir Deus dessa falha de minha natureza. Demorou muito tempo pra perceber que isso foi uma escolha.....
Não foi uma escolha que foi pensada, até porque não tive esse tempo. Acredita mesmo que eu escolheria esse caminho sabendo das conseqüências e de todo o sofrimento que iria causar??? Até porque se eu tivesse esse tempo, eu não optaria por isso, sabendo que a solidão e a humilhação, estaria a todo momento te acompanhando e ainda sim me encontrei numa perspectiva inebriante de acreditar que estou indo no caminho certo.
Como queria ter a mesma natureza cega da coletividade!!!!!
Estou pagando o preço de enxergar as coisas de um determinado ângulo que corresponde a uma outra essência. Ela traz um conforto inebriante das inquietações do espírito, mas ela inibe a potência de expor essa luz ao exterior....
Talvez seja uma auto defesa de minha espiritualidade, está se auto preservando pra que ela se mantenha pura e imaculada perante aos pré-juizos informais e dissimulados que domina o plano externo e eu não tenho controle sobre isso.
Não posso culpar Deus e nem as pessoas pelo o que eu sou. Carrego comigo essa essência e tenho o dever de continuar seguindo esse caminho. Tenho tanto que refletir, repensar e reacreditar na convicção de confrontar os malefícios dos enganos e salientar os perjúrios indiscriminados e egoistas que domina a nossa concepção humana e tentar encarar a vida de uma forma mais laboriosa, segmentada pela nossas virtudes e esperanças e porque não.......ter a ambição de conquistar nossa felicidade?
Por mais que eu queira, não estarei livre dos percausos da vida. E tão pouco estarei livre dos erros....dos meus próprios erros!
Só tenho que estar consciente de minha própria consciência...
E viver um dia de cada vez.......
E continuar a acreditar......no amor!!!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: Gritos Inaudíveis, Crenças Corrompidas!

As vezes eu tento me desvencilhar de um dilema.
Mas estou prestes a mergulhar na desilusão do meu viver.
Não há sadismo maior do que a dor de um coração amargurado
Clamo por uma ajuda, ninguem me ouve.
Peço um afago, ninguém corresponde.
Peço uma companhia, continuo caminhando sozinho.
Me culpo por continuar a existindo...
Me culpo por continuar respirando....
Me culpo pelo o que eu sou hoje.
Minha alma clama por justiça, e ela não é aceita....
Os lobos me zombam e mordisca a minha pobre compreenção....
Me jogaram ao abismo, e nele permaneço resguardado....
Olho para cima e não encontro respostas.
Meu jazigo traz a inquietação de minha alma!!
E o meu amor é refutado com difamação..
Se quero fazer um pedido???
Senhor.....Faça de mim, um sopro a ser esquecido no mundo.
Permita-me deleitar diante dos braços da morte,
E faça com que eu cante minha dor,
até onde os sonhos nascem.
O meu entendimento faz de minha existência,
um tormento a ser lembrado.
Porque colocar a luz em alguem que não cativa ninguém?
Como posso caminhar com fé???
Não há nada mais pernicioso do que um amor contrito.
Tento fugir para longe de mim, mas volto para essa prisão.
Não há mais nada a ser pedido e lembrado....
Só me resta aguardar o que nunca vou ter!!!!
Não se preocupe....
Só estou cansado de sonhar....
Combalido demais em acreditar.....

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Passagem & Poemas: O Cálice das Ilusões

Eis aqui um menino abandonado,
em suas preces ele vê a sua dor.
Vejo em sua face a marca do pecado,
e conjuro as lamúrias de amor.
Mesmo clamando perante a morte,
posso não deixar de acreditar.
nesta insólita e desgarrada sorte,
de um dia poder lhe encontrar.
Vejo anjos no céu a conspirar,
as certezas de um dia me enganar.
Sou apenas uma criança que chora,
num jardim de rosas a murchar.
Durmo perante minhas ilusões,
fragilizado por esse encantamento.
Mas me deixei levar pelas emoções,
desgarradas de meu discernimento.
Eis aqui, uma ovelha perdida,
um cordeiro oferecido em Holocausto
Me vejo sozinho nesta noite bandida,
e minhas lágrimas que serão esquecidas.
Thânatos e Hades entram em um dilema,
disputam o meu espírito amargurado.
Não posso demonstrar esse teorema,
com este pobre coração inebriado.
Eis me aqui, Oh! Redenção!!
Me entrego em seus braços contritos.
Apazigua os ventos da razão,
nas horas de um ardor ressentido.
Eis me aqui, Oh! Minha Perdição!
Ofereço minha luxúria e meu desâmparo.
Contemplo o caos diante do firmamento,
com as virtudes de meu entendimento.