sexta-feira, 6 de março de 2015

Rascunhos de um Desabafo (nº07)

Queima-se livros, queima-se pessoas e destrói a história. A barbárie em sua gênese absoluta, é o substrato da maldade no apogeu de sua perversidade e constituída pelo retrocesso do senso moral e da intelectualidade humana! O homem não irá se superar tão cedo. Somos apenas primatas que a todo momento reluta ter uma visão mais ampla de sua condição, pois pensamos que detemos de todas razões constituídas pelo egocentrismo de que tenhamos uma centelha celestial, como os privilegiados no universo. Somos seres que retem a amplitude de seu pensamento e do espírito pois somos apegados as paixões, nos entregamos tão fácil as emoções, nos entregamos as falsas idéias e tomamos pensamentos e concatenações supérfluas como verdades absolutas, pois somos seres violentos, de afecções criacionistas como algo vindo de Deus, pois o homem não entende a sua condição diante do universo e cria-se modelos de apegos moldadas com base em seu desespero e do medo da morte, de não encontrar mais nada diante da temporalidade corpórea e por isso mergulha diante de suas emoções mais primárias e toma como algo divino, soberano, quando na verdade é apenas um embuste que o leva para sua própria perdição. E assim o ser humano vai constituindo sua existência com sangue e paixão...

segunda-feira, 2 de março de 2015

Rascunhos de um Desabafo (nº06)

Atualmente, meu cansaço condiz com as incertezas nesse país. O dragão da maldade dita suas diretrizes e ser mal e insensível é sinônimo de qualidade. Falar em nome de algo que é bom e defender com todo o afinco, já denomina uma certa perversidade, não sei se por ingenuidade ou por sua índole, mas hoje o ser humano se permite errar e isso virou um sentido quase que categoricamente legível, normal, pois suas crenças são tão absolutas que o pardieiro da promiscuidade tem um valor enaltecido e soberano. Os padrões se inverteram e o seu humano vai se auto anulando. 
E a nós cabe apenas o lamento obscuros de um futuro sombrio.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
(Rui Barbosa)