Flores são
vistas para serem admiradas
Acariciadas,
plantadas e podadas
Dão o ar de
sua graça em uma tarde ensolarada
E mesmo
quando do chão arrancadas
Quebradas, lascadas
e multiladas
E mesmo
sendo tão brutalizadas
Fica aquele toque
de inocência imaculada.
As flores
são as nossas mensageiras
Anuncia a
vida com toda a alegria
Sua cores
celebram um clamor de boas vindas
E mesmo
diante da clausura da luz
Quando os
olhos cerram e tudo fica escuro
Consolam
nossas tristezas embaixo de uma cruz
E mesmo em nossa condição diante dos limites da morte
As flores
ditam mais do que a nossa sorte
Nos consolam
nas horas que emergem a dor
E nos diz que
não a limites para a chamas do amor
As flores
são frágeis diante da arrogância
São
ignoradas, mal vistas e ridicularizadas
Mas as
flores detém de uma força mascarada
E mesmo em
sua condição fincada e enclausurada
Num jardim,
num bosque ou nas sacadas
Nos mostram
o quanto os homens são pequenos
Diante de
sua beleza que provem de sua humildade
Combate com
ternura a mais absorta maldade
E assim nos
concede com toda a gratuidade
A beleza que
concerne a luz da divindade
No mundo, as
flores detém a mesma condição
Todos os que
nele habitam vivem por uma razão
E mesmo os
homens vendando o seu coração
As flores
ditam a nós como de fato elas são
E mesmo em
um universo com toda a vastidão
As flores
reverbera com toda a celebração
O que lhes foi imbuida com esmero e paixão
O que lhes foi imbuida com esmero e paixão
As flores se
despedem com toda gratidão
O silêncio
que lhes inspiram nessa malfadada canção.
(Alexandre
Silva)
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