sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Centelha das Flores

Flores são vistas para serem admiradas
Acariciadas, plantadas e podadas
Dão o ar de sua graça em uma tarde ensolarada
E mesmo quando do chão arrancadas
Quebradas, lascadas e multiladas
E mesmo sendo tão brutalizadas
Fica aquele toque de inocência imaculada.

As flores são as nossas mensageiras
Anuncia a vida com toda a alegria
Sua cores celebram um clamor de boas vindas
E mesmo diante da clausura da luz
Quando os olhos cerram e tudo fica escuro
Consolam nossas tristezas embaixo de uma cruz
E mesmo em nossa condição diante dos limites da morte       
As flores ditam mais do que a nossa sorte
Nos consolam nas horas que emergem a dor
E nos diz que não a limites para a chamas do amor

As flores são frágeis diante da arrogância
São ignoradas, mal vistas e ridicularizadas
Mas as flores detém de uma força mascarada
E mesmo em sua condição fincada e enclausurada
Num jardim, num bosque ou nas sacadas
Nos mostram o quanto os homens são pequenos
Diante de sua beleza que provem de sua humildade
Combate com ternura a mais absorta maldade
E assim nos concede com toda a gratuidade
A beleza que concerne a luz da divindade

No mundo, as flores detém a mesma condição
Todos os que nele habitam vivem por uma razão
E mesmo os homens vendando o seu coração
As flores ditam a nós como de fato elas são
E mesmo em um universo com toda a vastidão
As flores reverbera com toda a celebração
O que lhes foi imbuida com esmero e paixão
As flores se despedem com toda gratidão
O silêncio que lhes inspiram nessa malfadada canção.

 (Alexandre Silva)