segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Rascunho de um Desabafo (nº13)

Pelas constantes interpelações que faço a mim mesmo, deixo uma ressalva de conforto e desamparo perante minhas indagações. 
"Não sou mais do mesmo do que eu era antes e o que fui sem nem a menos saber se era eu mesmo".
Acho que devo ter ouvido isso em algum lugar, só que não me recordo onde!
No entanto, sei que os dias estão tensos, pois estamos em épocas de águas revoltas, mas confesso que esse cansaço demanda de uma energia vital extra e minha disposição anda bem escassa, pois não encontro um direcionamento dessa estrada tão insólita.
Aos tropicões, vou tentando caminhar e esfacelar meus joelhos diante de minhas suplicas não ouvidas, preces que reverberam no vazio e gritos inaudíveis que ecoam no silêncio.
Mas enfim, tomo emprestado possíveis transfigurações de uma fé inventada e tento, ao menos, acreditar que haja alguém que possa olhar por mim, que possa amenizar minhas dores e que possa acalentar minhas tristezas.
Tudo isso se resume no que se refere a apenas um pedido, uma oração, um desejo e uma realização.
Apenas uma questão se comprime diante de todas as nossas necessidades que abarca essa tempestiva existência e de todos os malefícios e cruentas maldades disfarçadas de bondades.
Um pedido apenas, que tenhamos o sono dos justos!
Uma pequena porção de descanso...