domingo, 28 de agosto de 2011

Uma Antiga História de Ninar.

"Fica estabelecida a possibilidade de sonhar coisas impossíveis e de caminhar livremente em direção aos sonhos." (Luciano Luppi)

Eu vejo aquele brilho no céu se dissipando
E com ele um sonho longínquo se desvaneceu
Queria a todo custo me manter naquele desejo
E hoje sou um tolo que prescreve seu adeus.

Não há mais nada a ser dito nem correspondido
Minha mente combalida de um ardor desenganado
Vejo planos mortificados que tem se desvanecido
Diante das horas tortas de um sono mal concebido.

Em meu castelo de cartas marcadas
Eis o ás de minha surpresa do mal enganador
Destaco um coringa em que vejo desmoronar
Aquele grande engano de um juízo sem amor.

Não vejo culpados nem inocentes na escuridão
Vejo apenas um brilho que descrevo sem razão
Me entrego as dores de meu espírito combalido
E irei navegar nas insípidas águas do meu destino.

E com a brisa da manhã fecho meu voto com oração
Acordo de meu sono e com aquela dor no coração
Prescrevo com tormentas de meu espírito a se calar
Que esta é apenas uma antiga história de ninar.